segunda-feira, 11 de maio de 2020

ESTAMOS MUDANDO

Desde a eclosão da pandemia em janeiro - fevereiro, durante esta quarentena, nós temos mudado. Os autodenominados conservadores, reacionários fascistas, também.

O consumismo está tendo uma férias forçadas.

Mais gente está encarando desafios para sobreviver. Contra a doença e contra a miséria e a fome.

Que os fascistas se encontrem e confraternizem. Mantenhamos a distância social deles, que se contagiem entre si à vontade, enquanto tratamos de incentivar seu isolamento. E fiquemos atentos, porque os mais ativos são violentos.

Reacionários queriam pobres, pretos, pardos fora da vista quando não os estivessem servindo. Hoje, ansiando pela volta dos shopping centers, estão encontrando muito menos gente do que pretendiam.

E os "conservadores"? Esses são muitos e diversos. Difícil falar sobre eles em bloco. Reacionários, fascistas, racistas que não assumem gostam de portar essa etiqueta. Mas tudo mostra que todos têm um traço comum de reacionarismo, no sentido que eles querem que tudo volte ao que estava acontecendo antes. Não vai, o mundo está mudando para além do que eles e nós imaginamos.

Na quarentena, e no lockdown, todo mundo é obrigado a repensar muita coisa. Outras formas de satisfação, de prazer, de desejo. 

Não que brote daí um sentimento universal de solidariedade que vá durar para sempre daí em diante, mais do que o contingente.  

Há um legítimo receio de que os controles colocados sobre as pessoas durante a pandemia se estendam para além dela, e venham a somar-se a outras ações já tomadas por grandes corporações e governos (talvez também algumas seitas fundamentalistas) sobre a sua vida. 

E é fundamental não permitir que as coisas voltem a funcionar como antes. Precisamos derrubar a lógica da expansão econômica permanente, que vai trazendo a crise do clima e a destruição de habitats e espécies. Desencorajar as nações imperialistas (EUA) em seus lances de agressão armada. Tratar de construir democracia nem sei como, mas buscando, buscando. É possível, usando sensibilidade, inteligência e como pressuposto fundamental, coragem.

 

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