terça-feira, 30 de setembro de 2014

FALTA D'ÁGUA CHEGA AOS JARDINS, ANTES DAS ELEIÇÕES!

Do Blog do Miro

Jardins sem água. A burguesia fede!

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Por Altamiro Borges

A elite paulistana, que adora o direitista Geraldo Alckmin e faz de tudo para evitar que as esquerdas cheguem ao Palácio dos Bandeirantes, poderá ir às urnas no próximo domingo sem tomar banho. Tudo bem! Como dizia Cazuza, a burguesia fede! E alguém acrescentou: Mas ela tem dinheiro para comprar perfume. Segundo o Estadão desta segunda-feira (29), “condomínios, bares e restaurantes dos Jardins, zona sul de São Paulo, têm registrado corte no abastecimento de água durante toda a madrugada. Em ruas como a Haddock Lobo e a Alameda Tietê, zeladores e comerciantes relataram que a interrupção ocorre entre 22 e 6 horas”. Ou seja: o choque de indigestão tucano já atingiu os bairros nobres da capital paulista.

A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) nega terminantemente que promova cortes de água nos bairros dos ricaços. Afinal, a burguesia é tão limpinha e gosta tanto do PSDB – que manda no Estado há duas décadas! Mas os zeladores dos luxuosos condomínios da região e os comerciantes garantem que a crise de abastecimento tem se agravado nas últimas semanas. “Em uma lanchonete na Rua Haddock Lobo, funcionários relataram ao ‘Estado’ que o abastecimento é cortado há pelo menos um mês depois das 23 horas. ‘Como temos caixa d’água, não há problema, mas algumas vezes já chegou a faltar’, afirmou uma gerente, que preferiu não se identificar”.

“Na mesma rua, o ‘Estado’ apurou que pelo menos dois condomínios passam pela mesma situação. O porteiro Antonio Everaldo da Silva, de 63 anos, contou que ‘dia sim, dia não’ nota a falta d’água. Como o banheiro do funcionário é o único do prédio que é abastecido diretamente pela água da rua, a torneira deixa de funcionar. ‘A gente precisa usar o banheiro lá no fundo, que recebe da caixa d’água’. O zelador Antonio Mendes confirmou a informação. ‘Os moradores não reclamam porque o reservatório é de 60 mil litros, então o problema não chega aos apartamentos’, disse. Para conscientizá-los, Mendes colou um aviso escrito por ele no elevador, pedindo economia”.

O choque de indigestão tucano 

“Outro condomínio na mesma via enfrenta o mesmo problema. O porteiro Luís Lino, de 43 anos, foi o primeiro a notar. ‘Estamos sem água à noite há uns 15 dias. Percebo porque não dá para usar o banheiro aqui’, disse. De acordo com Lino, os moradores no local tomaram consciência de um possível racionamento e, há três meses, decidiram economizar no uso. ‘A conta diminuiu uns 30%’. A mesma história se repete em um restaurante na Alameda Tietê, em que o abastecimento é interrompido pontualmente às 22 horas. Assim como nos outros locais visitados, um funcionário do local contou que se não fosse a caixa d’água, o problema poderia comprometer o atendimento no local”.

Apesar da crise hídrica – culpa do esquerdista São Pedro, sem dúvida –, os abastados moradores das áreas “nobres” de São Paulo continuarão a votar nos tucanos. No bairro dos Jardins, o PSDB sempre obtém mais de 80% dos votos. A burguesia fede, mas tem consciência de classe! Para evitar traumas, ela ainda conta com a ajuda da mídia chapa-branca, que ganha fortunas do Palácio dos Bandeirantes em publicidade e na compra de assinatura de jornais e revistas decrépitas – como o próprio Estadão, a Folha e a “Veja”. Nem mesmo com a falta de água atingindo os bairros dos barões da mídia e dos seus “calunistas” de aluguel, a imprensa paulista faz escândalo com esta baita tragédia da gestão tucana!

Protestos contra a falta de água 

Nas jornadas de junho de 2013, uma parte dos filhinhos de papai destes bairros de luxo aderiu aos protestos que agitaram a capital paulista. Era uma “festa cívica”, segundo o noticiário da TV Globo e a capa da revista Veja. Carrões com chofer até levaram os jovens “rebeldes” às ruas para criticar a presidenta Dilma. Herdeiros de corruptos e sonegadores exigiram o fim da corrupção. Será que esta “galera consciente”, que despertou naquela jornada, agora topa sair às ruas para criticar o governador Geraldo Alckmin e o colapso no abastecimento de água – para não falar na crise da segurança pública ou na precariedade dos transportes? Será que Jabor, Faustão e outros picaretas globais incentivarão novos protestos?

Na última quinta-feira (25), cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativa da própria Polícia Militar, realizaram um protesto em frente à sede central da Sabesp, em Pinheiros. O ato foi organizado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) para criticar a falta de água nas periferias de São Paulo. Segundo Guilherme Boulos, líder do movimento, estaria havendo um “racionamento seletivo”, que atingiria principalmente os pobres. O MTST apresentou suas reivindicações à direção da estatal e promete realizar novos protestos. Nenhum carrão com jovens ricaços foi visto na proximidade do ato, apesar da falta de água nos Jardins. Talvez a ‘galera’ participe dos próximos atos, depois de reeleger Geraldo Alckmin!

E A ÁGUA EM SÃO PAULO?

Do Tijolaço. E daí, bem pensantes, qual é o resultado prático da contenção voluntária de consumo na cidade?


Folha “descobre” que SP terá racionamento pós-eleição. Alckmin e Marina ainda não.

30 de setembro de 2014 | 10:17 Autor: Fernando Brito
cantar
Na entrevista – em geral cínica – que o governador Geraldo Alckmin dá à Folha hoje, uma verdade, ao menos, há.
Todas as informações sobre a crise hídrica de São Paulo estavam – e estão – publicadas na internet, ao alcance de todo e qualquer um que queira analisar a gravidade do problema.
É, aliás, a única verdade nesta história toda, cuja mais recente mistificação é a de que haverá água, mesmo que não chova, para atravessar o resto do ano.
Este blog, a centenas de quilômetros do drama vivido  pelos paulistas – que só entra aqui em casa quando meu filho, que vive lá – me conta dos cortes noturnos do abastecimento – deu, desde o início do ano, acompanhamento sistemático ao desastre paulistano.
Os grandes veículos de comunicação, porém, viveram de “releases” e garantias de que tudo estava “sob controle”.
Sempre foi e ainda é, numa palavra, mentira.
Não se fala nos números chocantes que estão à disposição, como disse Alckmin, de todos.
Por exemplo, que o reservatório do Atibainha, de onde está vindo toda a água retirada hoje do Sistema Cantareira, tem míseros 60 centímetros – três palmos! – de água, até que seja atingida a cota mínima – já com todo o bombeamento – de 777 metros sobre o nível do mar. Nove bilhões de litros, água para seis dias, no ritmo atual de retirada.
Ou que o Jacareí, o maior dos reservatórios, cujas comportas foram completamente fechadas há dez dias, só conseguiu acumular, neste período, meros 4 bilhões de litros, pouco mais de dois dias do consumo da Grande São Paulo.
Os 60 bilhões de litros de água que ainda se diz ter como disponíveis são, neste momento, virtuais, porque dependem da escavação frenética de canais que liguem as “poças” que formam hoje o reservatório seco deste reservatório.
Folha “descobriu” hoje um documento - elaborado por técnicos da Agência Nacional de Águas e pelo Departamento de Águas e Esgotos do Governo paulista que, enfim, implanta o racionamento que vem sendo criminosamente adiado há sete meses, por razões político-eleitorais.
Não é um “furo” de reportagem, é a confissão de uma omissão jornalística.
Pior, de um estelionato jornalístico, porque o estelionato eleitoral foi legitimado pela imprensa, a mesma imprensa que agitou, o quanto pôde, o fantasma de um “apagão” elétrico que podia render frutos políticos contra o Governo Federal.
Dois estelionatos, aliás, porque a candidata que se diz “ambientalista” calou criminosamente sobre o tema, de olho na conveniência de amealhar votos em sua aliança envergonhada com Geraldo Alckmin.
Embora estejamos vivendo, de fato, uma das piores estiagens que este país já enfrentou, há algo que tem faltado mais que água.
Vergonha.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ALDIR BLANC, SOBRE AS ELEIÇÕES

Continua ótimo. No Tijolaço

Aldir Blanc e a sensata lucidez diante de um mundo doido

29 de setembro de 2014 | 02:07 Autor: Fernando Brito
aldir
Há muito tempo nas águas da Guanabara, quando a inteligência não era atributo reconhecido em “bundinhas” bem vestidos e bem cuidados, os cariocas  amavam seus cronistas e poetas que, das cátedras de botequim , tinham vitalício direito, honoris causa,a serem acres,  sinceros, gozadores, iconoclastas e sempre, sempre, humanos.
Não viravam “celebridades”, não compravam apartamentos luxuosos à beira-mar, não apareciam em “bodas” das “Caras” dos consultórios de dentistas.
Mas eram amados e cantados, porque davam vazão, escrevendo,  ao que nos passava na vida e nas almas.
Aldir Blanc, que aprendi a admirar nos anos 70, ali pertinho da Praça Varnhagen, na voz da Elias Regina e nos limites mal definidos entre a Rua dos Artistas e a Dona Zulmira, é um destes caras, grandes caras,  que no põe um nexo aparentemente desconexo nas verdades a que nos desacostumamos e nos mostra, numa crônica sensacional,  que absurdo é o que parece sério nos jornais e na boca de gente muito bem arrumada que justifica essa bagunça que anda por aí.
Vale apena ver que o velho – e novíssimo – Aldir ainda é um craque em puxar do cavaquinho pra cantar de galo e que, com ele, encara todo mundo.

Marina continua enganando os trouxas

Aldir Blanc
Na ONU, a presidente Dilma foi contra o bombardeio indiscriminado do tal Estado Islâmico, que ninguém sabe direito onde fica. Obama criticou a “indiferença” com que assassinos são tratados. Quer falar sobre assassinos, Obananamole? O mundo viu em, estado de choque, aviões implodirem as Torres. Milhares de mortos numa ação terrorista. Sem dúvida, um assassinato em massa terrível. Em resposta, os EUA e aliados invadiram, com as bênçãos de Cristo e falsos motivos, o Iraque e mataram milhares e milhares de inocentes. Casamentos eram pulverizados, festas de aniversário, idem. Seguia-se o cínico pedido de desculpas. O Afeganistão foi tão bombardeado que montanhas inteiras sumiram do mapa. Resultado: voltou a cultura do ópio, com um gatuno como chefe de governo. Sem contar os trágicos mortos por fogo amigo. O capanga dos EUA, Israel, massacrou crianças refugiadas em escolas na Faixa de Gaza. A CIA patrocinou um golpe no Egito — país onde os EUA têm prisões clandestinas para torturar. Todos os opositores do golpe militar, muito bem pago, foram sentenciados em bloco à morte. Em 2008, na maior fraude já vista, Wall Street quebrou o mundo! Quantas vítimas fatais fizeram em toda a Terra, por desespero, doenças cardíacas, depressões, suicídios, fome etc? Como avaliar o número de vítimas? Tropas especiais assassinaram Osama por vingança. Eu pergunto: os que perderam parentes e amigos na roubalheira podem matar safados do Lehman, Bear Sterns, Merrill, Sachs sem fundos, AIG and so on? Os que tiveram suas vidas destruídas têm esse direito? Quando Obamascarado venceu pela primeira vez, Gore Vidal disse: “Vocês estão loucos? Não vai mudar nada!” Na mosca!
Aqui na Brasunda, um avião também explodiu. Há quem diga que foi sabotado pela CIA, Mossad, a poderosa empresa transacional Testemunhas de Jeová e outros interessados. Das cinzas, surgiu a Fênix Redentora, Marina d’Arc, com a Bíblia na mão, e o apoio financeiro de Nhá Neca Setúbal. Houve, digamos, um fenômeno carismático (Hitler também tinha carisma). E o corpus mysticum de Marina entrou em levitação. Até que foi descoberto o seguinte: o avião que matou, por ação da Providência Divina (?), o governador Campos estava boladão. Tinha empresas por trás com mais fantasmas que castelo inglês. Os documentos da aeronave sumiram, a caixa-preta pifou, e todos mentiram sobre isso: Campos, a cúpula do PSB e Marina. Campos parou de mentir por motivo de força maior. Marina continua enganando os trouxas. Disse que governará racionalmente, que a Bíblia é só inspiração. O que a inspira? A Matança dos Inocentes? Um pai que sacrificaria o filho porque o Velho é um Deus ciumento? O absurdo e cruel sofrimento imposto a Jó? Os incestos e traições? Arcanjos da SS de lança-chamas queimando os alegres moradores de Sodoma e Gomorra, que tinham direito à sexualidade que quisessem?
Na trilha do clássico de Chico Buarque, afastem do povo brasileiro essa bíblia arcaica, cheia de dólares e mentiras.

domingo, 28 de setembro de 2014

DESINDUSTRIALIZAÇÃO DO BRASIL

A revista Retrato do Brasil insiste, junto com Carta Capital, em  ver o Brasil como uma nação com direito próprio e com um lugar melhor no mundo do que o atual. Dedica-se aos grandes temas, além do necessário combate às teses e táticas da direita brasileira, uma das mais retrógradas e submissas no mundo aos Estados Unidos da América e suas corporações.

Dentro dessa visão , um artigo publicado no número de setembro de 2014, De Mal a Pior, explica a crise da indústria nacional, que vem perdendo espaço na economia, tanto em termos numéricos e relativos em relação a outros setores como agroindústria e serviços, como na qualificação de seus produtos, que tendem a ter dada vez menos conteúdo tecnológico, uma tendência que vem desde os anos 70. 

O artigo mostra análises de economistas também preocupados com o Brasil, como Wilson Cano, Ricardo Carneiro e Fernando Maccari Lara, além de Carlos Pastoriza, presidente da Abimaq. Em uma exposição bastante didática, descreve o fenômeno, que tem muito da chamada doença holandesa, que afetou esse país alguns anos atrás. Cita como causas principais a valorização do câmbio (valor alto do real, que prejudica exportações e favorece importações), liberdade de fluxo de capitais, altos juros, e uma política liberal no comércio exterior, levando demasiado a sério os compromissos com a Organização mundial do Comércio, OMC.

A presidenta e candidata deveria começar a se movimentar rápido nessa área, e deixar de contemporizar com esse declínio precoce da indústria. Claro que dos outros dois candidatos, comprometidos com a ideologia neoliberal e com a subordinação ao grande irmão do norte, não dá para esperar quase nada. Mas o Brasil precisa se portar mais como os gigantes da industrialização tardia, como Japão, Coreia, China, Índia, sem contar os países ricos, e atuar de forma mais esperta no âmbito dos tratados internacionais, rodeando as regras como todos esses fazem sempre que os interesses nacionais estão em questão. 

Vou tentar obter um link para o artigo. Se você estiver interessado, neste ínterim, compre a  revista. Tem muito mais coisas importantes, e é muito bem escrita.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

SOBRE OS CANDIDATOS

Do Blog da Boitempo

Reeleger Dilma e mudar mais

O mundo gira, a Lusitana roda e ficamos todos no mesmo lugar. Calma, amigo leitor, não se deixe emprenhar pelo ouvido ou pelos olhos. É uma frase como outra qualquer, despretensiosa.
Já não houve alguém no passado que disse que tudo que é sólido se desmancha no ar? Há sempre alguma coisa que muda, para pior ou para melhor. Nosso desejo é que seja sempre para melhor, não?
É claro que entre o homem de Neanderthal e o meu vizinho aqui do apartamento ao lado há toda uma história para se contar, repleta de altos e baixos, de avanços e recuos, mas a distancia entre a razão e o coração permanece a mesma, ora privilegiando uma, ora privilegiando outro. Quando se encontra algum equilíbrio nessa química, dirão os sábios, reina a paz e a alegria. Será?
O mundo contemporâneo cada vez menos se compraz com a verdade. Ou dela se beneficia. Mas, afinal, o que é a verdade, perguntarão os filósofos de botequim e os verdadeiros…
Diante dos lugares comuns com que abro o artigo, que de tão comuns não chegarão a sensibilizar as almas bem mais eruditas que a minha, debruço-me com algum cuidado sobre as próximas eleições de outubro na, ingênua talvez, expectativa de encontrar explicações para o que ouço e leio e até preparar o espírito para um possível desastre anunciado. Repito: possível, mas não desejado… E pelas últimas pesquisas de intenção de votos, apenas anunciado.
Pois guerra é guerra, venha ela pela ponta das baionetas, dos drones ou pelas manchetes de jornais, revistas e telejornais irresponsáveis. Em particular nos países que ainda não se despiram de preconceitos seculares dos mais variados matizes e letárgica aculturação.
Na ânsia de ler o noticiário do dia a dia das eleições defronto-me com frases como “Chico Mendes era um homem de elite”, “A formação de cartel não é crime”, “O PSDB é contra toda e qualquer corrupção”, “Quero governar com os melhores”, “Vamos atualizar as leis trabalhistas”, “O governo colocou um diretor na Petrobrás para roubar” e toda uma cantilena de idiotices e frases ocas, o que não é de se estranhar se levarmos em conta, por exemplo, que Barak Obama é premio Nobel da Paz. E o mensalão mineiro, o do PSDB, nunca existiu. Em se tratando de nonsense
Na geléia geral da propaganda política para o grande evento do próximo cinco de outubro o que sobra é a pobreza generalizada das candidaturas de oposição ao atual governo, algumas escancarando o lado grotesco dos candidatos e seus discursos vazios de ideias e carregados de ignorância, preconceito, algum humorismo e, sobretudo, de pessimismo.
Nesse item, uma vergonha! Cidadãos e eleitores merecem mais respeito e consideração. Já que o espetáculo da democracia representativa burguesa nos oferece o “horário eleitoral gratuito” (sic), nada nos impede de ver ali o raio-x desse jogo do vale tudo.
A presença e o discurso de alguns dos candidatos, o Levy, o Eymael, o pastor fulano de tal, enfatiza o deboche da própria democracia que defendem e dizem representar. Dedicar três ou quatro linhas do artigo a essa baboseira já é demais. Haverá sempre a possibilidade de qualquer um de nós recorrermos ao soro antiofídico.
Em seguida, as propostas ingênuas e até fora de contexto dos candidatos da esquerda radical que, excetuada a convicção e alguma coragem com que defendem suas ideias, corretas muitas delas, não dialogam com o eleitor que quer encontrar respostas imediatas às suas necessidades do dia a dia e não ouvir apenas proselitismos políticos e ideológicos.
Por último, o confronto entre os três candidatos que terão a maioria dos votos daqui a dez dias. Para a oposição conservadora e a da ‘nova política’ o leitmotiv é a corrupção, crime que surgiu no Brasil a partir de 2002 e, pelo visto, só existe no atual governo, na Petrobrás e no Partido dos Trabalhadores. Nunca antes nesse país se encontrou tanta corrupção.
“Quem não tiver culpa que atire a primeira pedra”… Não foi esse, entretanto, o ensinamento maior do líder de toda essa gente? Perguntem ao Malafaia e ao padre Marcelo. Aos fundamentalistas da revista Veja ou aos tribunais da Inquisição em que se transformaram os entrevistadores televisivos da presidente Dilma nessa campanha.
A operação plástica de Aécio Neves e o ar angelical de Marina Silva ao se referirem à corrupção alheia são de dar enjoo em antiácidos estomacais. O cinismo com que querem nos colocar no canto da sala de aulas com orelhas de burro na cabeça chega a ser doentio e criminoso. E sempre que possível amparado pela justiça eleitoral ou outras justiças espalhadas pelo país.
E por falar nisso, onde foi parar o látego negro depois de cumprir sua função de juiz imparcial?
Goste-se ou não, concorde-se ou não, a campanha demonstra com propriedade que o único programa que se salva é o do próprio governo tanto em forma como em conteúdo. Mostra o país em transformação dos últimos doze anos e o muito que ainda se pode fazer. Um esforço hercúleo para quebrar a parede de concreto erguida pela mídia impatriótica entre o governo e os cidadãos, em particular os que ajudam a sustentar o país com o seu trabalho de sol a sol.
Os smartfones e ifones com seus selfies e outras surpresas (e bobagens), as redes sociais estão expondo as vísceras da luta de classes no Brasil.
De resto é a falácia, a crítica pela crítica, inúmeras acusações sem provas, a construção de um pessimismo odioso e odiento que só prejudica, à saída, aos menos favorecidos da pirâmide social. E à soberania do país.
Não é difícil, para quem ainda não vendeu a alma ao diabo, fazer tais constatações, até porque a direita e muitos de seus despolitizados adeptos, já não tem o menor pudor em mostrar as entranhas do jogo que propõe jogar.
Tudo cheira a mofo e a passado, a uma hipocrisia nauseabunda, quando varrem para debaixo do tapete de suas consciências o criminoso assalto contra o patrimônio público praticado em governos de seus ‘líderes’.
Ou ainda quando substituem o diálogo e a contra argumentação, em defesa de suas ideias (?), pela violência verbal ou mesmo física fazendo surgir aqui e ali traços inequívocos de intolerância, de um fascismo reprimido que vem à tona e procura fazer ‘justiça’ com as próprias mãos.
Há que reeleger Dilma Roussef sim. Qualquer outro resultado poderá deixar o Brasil e a América Latina às portas de um extemporâneo retrocesso político e social que a minha geração conheceu bem e que as novas gerações não fazem por merecer.
O que tem que ser tem muita força.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

MENTIRA. NÃO ESTÁ FALTANDO ÁGUA EM SÃO PAULO


Leonardo Sakamoto


O paulistano é bicho engraçado. Escolhe uma esfera de poder (federal, estadual ou municipal) e torce por ela loucamente, defendendo-a com unhas e dentes e eximindo-a de responsabilidade pela responsabilidade que efetivamente tem. É um amor incondicional a grupos no poder que tenho uma certa dificuldade em entender.
- Tá rolando racionamento de água lá em casa dia sim, dia não.
- Não está faltando água em São Paulo.

- Uma batida da polícia espancou o filho de uma vizinha que estava voltando do trabalho porque o confundiu com um traficante.
- A polícia não age assim. Se apanhou, é porque era bandido.

- Uma amiga está na fila da creche até agora e não conseguiu vaga.
- Não faltam vagas em creches. Ela não procurou direito.

- A moça que trabalha lá na empresa está na oitava série e mal sabe ler.
- Culpa dela que não estudou direito.

- Só consegui marcar uma consulta com o cardiologista do hospital público para novembro.
- Devia ter agendado antes.

- Mais uma favela queimou e os moradores não têm para onde ir.
- Se não consegue pagar, não more na cidade.

- A criançada tá brincando do lado do córrego que é um esgoto a céu aberto. Vão pegar uma doença.
- Certos pais deveriam perder a guarda das crianças.

- Eu ralei o joelho ao cair da bicicleta por conta de um buracão no asfalto.
- A culpa é sua, a rua é para carros.

- Não dá para entrar no trem ou em ônibus em horário de pico.
- Dá sim.

- Falta luz no meu bairro toda a semana.
- Mentira.

- Fui parado em uma blitz porque sou negro.
- Isso não existe.

- A iluminação é péssima, fico com medo de voltar sozinha à noite.
- Mentira.

- Nessas noites frias, dá dó desse pessoal que dorme na rua.
- Tá com dó? Leva pra casa.

Daí, chegamos ao principal culpado por tudo isso: você.
E não reclame. O mundo está pior exatamente por conta de gente que reclama.

ABORTO: QUESTÃO QUE DEVERIA ESTAR SENDO DEBATIDA

Veja esta nota, publicada do DCM


Aborto é questão de saúde pública e não criminal, defende Anistia Internacional

Postado em 24 de setembro de 2014 às 6:11 pm

A confirmação das mortes de Jandira Magdalena dos Santos Cruz, de 27 anos, e Elisângela Barbosa, de 32 anos, após a realização de abortos clandestinos mal sucedidos no Rio de Janeiro, reforça a urgência do debate sobre o tema no país, afirmou a Anistia Internacional hoje (24). A organização defende que o aborto não seja tratado como uma questão criminal e sim de saúde pública e direitos humanos.
“O aborto inseguro é a quinta causa de morte materna no Brasil, de acordo com o DataSUS. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 milhão de abortos ocorrem por ano no país, ou seja, mesmo sendo proibido, as mulheres não deixam de recorrer ao procedimento, e se expõem a este tipo de situação que vimos acontecer com Jandira e Elisângela. Este é um tema que não pode mais ficar fora da agenda pública nacional”, aponta Atila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional Brasil.
Ao tratar o aborto como uma questão criminal, o país acaba empurrando para a marginalidade e para a insegurança mulheres que precisam recorrer a esta prática, pelas mais diversas causas. “Tanto Jandira como Elisângela eram jovens e tinham filhos, suas mortes desestabilizam a família como um todo, em aspectos que vão do emocional ao econômico. Assim como elas, muitas mulheres morrem todos os anos em decorrência de abortos mal sucedidos no Brasil. E outras milhares sofrem as consequências físicas e psicológicas de abortos realizados em condições precárias e inseguras. Este tema, de relevância central para a saúde das mulheres, não pode estar ausente das dicussões do país”, ressalta Roque.
Saiba Mais: anistia

MARINA: A DIREITA À VONTADE

Tirei do Blog do Miro 

Bornhausen é o Sarney da 'nova política'

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A candidatura de Marina Silva, a preferida dos bancos, dos especuladores internacionais e dos fundamentalistas religiosos, vem perdendo apoio da juventude na velocidade de um jatinho fantasma.

Ontem, em Florianópolis, houve um duro protesto de jovens contra Marina Silva, em especial contra a sua aliança com os fundamentalistas, como o pastor Malafaia.

Malafaia, o maior símbolo da homofobia no país, tem sido um dos maiores entusiastas da campanha de Marina nas redes sociais, sobretudo depois que a candidata cedeu às suas ameaças e rasgou os capítulos de seu programa sobre a política gay.

É importante lembrar isso, porque jamais se viu algo parecido: horas depois de Malafaia fazer ameaças à candidata via Twitter, Marina declara, em marinês, que houve um “erro processual de editoração” na parte do programa que falava da política gay, e retirou os trechos do programa que incomodavam os fundamentalistas.

O twitter do Malafia é só pau na Dilma e beijos em Marina.


Twits de ontem à noite.

Mas eu queria falar de outra coisa.

Ontem, Marina postou a seguinte mensagem no twitter.



Ok, Marina.

Você é uma pura.

Uma santa.

Só se faz acompanhar com o “mió do mió” da política.

Como ontem, em Florianópolis, ao lado de Paulo Bornhausen, filho de Jorge Borhausen.



Á esquerda, Beto Albuquerque, um defensor dos transgênicos, à direita, Paulo Bornhausen, membro do núcleo duro dos ruralistas. Ao centro, quem mesmo?




Todavia, eu gostaria de saber em que os Bornhausen são melhores que os Sarney, os Renan e os Maluf?

Vamos lembrar aos leitores quem é Paulo Bornhausen.

Todos conhecem seu pai, Jorge Bornhausen, apoiador da ditadura, filiado à Arena, o partido oficial do regime militar, fundador do PFL, que depois virou DEM.

Bornhausen, o pai, ganhou muita notoriedade há alguns anos, quando se empolgou com uma das campanhas de mídia contra o PT e disse que estava feliz porque iam “acabar com essa raça por 30 anos”.

Mas deixemos o pai de lado, e falemos do filho, do novo aliado de Marina Silva, o candidato a senador Paulo Bornhausen.

Ninguém é culpado por ter o pai que tem.

Se Paulinho fosse um cara progressista, que sempre apoiou o social e o meio ambiente, então tudo bem. Seria um bom companheiro para a Marina, independente do pai que tivesse e do partido ao qual fosse filiado.

Acontece que Paulinho não tem uma história exatamente “sustentável”.

Até alguns anos atrás, ele era do DEM, a legenda mais identificada com a extrema-direita que temos no Brasil.

Não uma figura menor do partido.

Em 2010, Paulinho era o líder da bancada do DEM na Câmara dos Deputados.

Em maio de 2011, pouco antes de sair do partido e ir para o PSD, Paulo Bornhausen era o vice-presidente nacional do partido.

A principal “vitória” política de Paulo Bornhausen, que ele destaca com orgulho em seu próprio site, foi a campanha Xô CPMF. Belíssima vitória que derrubou um imposto que ia diretamente para a saúde. Eram cerca de R$ 40 bilhões por ano. Ou seja, de 2008, primeiro ano sem o imposto, até 2014, foram extraídos, do sistema público de saúde brasileiro, no mínimo R$ 240 bilhões.

Parabéns, Paulo!

Até pouco tempo atrás, Paulo Bornhausen era considerado como integrante do “núcleo duro” da bancada ruralista.

A trajetória política de Bornhausen é marcada pela guerra ao ambientalismo. Em 1997, ele conseguiu aprovar um projeto que, segundo a Folha, liberava o desmatamento da Mata Atlântica.



Em maio de 2010, Paulo Bornhausen assinou um artigo na Folha vociferando contra a decisão do governo de recriar a Telebrás e investir na banda larga. Sua defesa da privatização, contudo, é coerente com sua história e suas ideias.

Paulo Bornhausen sempre foi um homem de direita. Contra o povo, contra o meio ambiente, contra o trabalhador.

Agora é o candidato a senador apoiado por Marina Silva.

É o “Sarney” de Marina.

Na verdade, é ainda pior que Sarney. O maranhense tinha todos os vícios da velha política, mas foi um dos baluartes contra a tentativa de FHC de privatizar a Petrobrás.

Sarney está velho, vai se aposentar este ano e sua clã deve perder as eleições no Maranhão.

Paulo Bornhausen é jovem, está mais vivo e ambicioso do que nunca.

E os Bornhausen sempre defenderam as privatizações.

Eles, pai e filho, queriam privatizar a Petrobrás, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.

Em 1996, auge da era tucana, Paulo foi presidente da Comissão Especial da Privatização na Câmara dos Deputados.

Bornhausen pai era fascinado pela ideia de um “desmonte radical do Estado“.



Jorge Bornhausen, com seu direitismo radical, era o herói da Veja, o “tanque alemão”.

Se esta é a “nova política”, eu prefiro a velha mesmo.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FREI BETTO E AS ELEIÇÕES

Para o primeiro turno, ainda tenho dúvidas, mas para o segundo, se houver, aí está:

Frei Betto: 13 razões para reeleger Dilma

Em artigo publicado na Adital, Frei Betto lista 13 razões para reeleger a presidenta Dilma Rousseff por mais quatro anos. Confira abaixo:

Por Frei Betto*, na Adital


Reprodução
Frei Betto.Frei Betto.
1. Apesar das mazelas e contradições do PT e do atual governo, votarei em Dilma para que se aprimorem as políticas sociais que, nos últimos 12 anos, tiraram da miséria 36 milhões de brasileiros.

2. Votarei para que o Brasil prossiga independente e soberano, livre das ingerências do FMI e do Banco Mundial, distante dos ditames da União Europeia e crítico às ações imperialistas dos EUA.

3. Votarei pela integração latino-americana e caribenha; pelo solidário apoio aos governos de Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador e Uruguai; pela autonomia da CELAC e do Mercosul.

4. Votarei pelo respeito ao direito constitucional de greves e manifestações públicas, sem criminalização dos movimentos sociais e de seus líderes.

5. Votarei pela Política Nacional de Participação Social; pela manutenção de cotas em universidades; pelo Enem, o Pronatec e o ProUni; e pelo aumento do percentual do PIB aplicado em educação.

6. Votarei a favor do Programa Mais Médicos que, graças à sua ação preventiva, fez decrescer a mortalidade infantil para 15,7 em cada 1.000 nascidos vivos.

7. Votarei pelo crédito facilitado e o reajuste anual do salário mínimo, de modo a ampliar o poder aquisitivo das famílias brasileiras, a ponto de viagens aéreas deixarem de ser um luxo das classes abastadas.

8. Votarei para que o trabalho escravo em fazendas do agronegócio seja severamente punido e tais propriedades confiscadas em prol da reforma agrária.

9. Votarei para que a Polícia Federal prossiga apartidária, efetuando prisões até mesmo de membros do governo, combatendo o narcotráfico, o contrabando e a atividade nefasta dos doleiros.

10. Votarei para que a inflação seja mantida sob controle e, no Brasil, o crescimento do IDH seja considerado mais importante que o do PIB. Se nosso PIB cresce pouco, nosso IDH é o segundo do mundo, atrás apenas dos EUA, se considerarmos o tamanho da população.

11. Votarei para que a nossa diplomacia permaneça independente, aliada às causas justas, sem tirar os sapatos nas alfândegas usamericanas e endossar o terrorismo bélico dos EUA, que dissemina lagrimas e sofrimentos em tantas regiões do planeta.

12. Votarei pela preservação do Marco Zero da internet, sem ingerência das gigantes de telecomunicações, interessadas em mercantilizar as redes sociais e manter controle sobre a comunicação digital.

13. Votarei, enfim, por um Brasil melhor, mesmo sabendo que o atual governo é contraditório e incapaz de promover reformas de estruturas e punir os responsáveis pelos crimes da ditadura militar. Porém, temo o retrocesso e, na atual conjuntura, não troco o conhecido pelo desconhecido.

Frei Betto* é escritor, autor do romance "Minas do Ouro” (Rocco) e do livro reportagem "Fidel e a Religião", entre outros livros.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ANTES QUE A CENSURA CHEGUE

Aqui está o documentário do Diário do Centro do Mundo sobre o helipóptero dos Perrella. São só vinte e cinco minutos.

LEMBRA A FALTA D'ÁGUA?

Se você não tem, logo chega (no dia 6 de outubro?) Este post, do Viomundo

Veja associa Dilma à falta d’água. Em Teresina, governada por tucano

publicado em 22 de setembro de 2014 às 19:27
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sugerido pela Conceição Oliveira
Da Redação, reproduzindo o Lata D’Água
Não tem água, nem luz, nem saneamento na favela Dilma Rousseff. Na vila, que mereceu a visita da revista Veja, metade da população recebe o Bolsa Família.
Detalhe: Teresina, no Piauí, tem como prefeito um tucano.
Resta agora a Veja fazer exatamente como a Folha, que produziu uma série especial mostrando como a falta d’água é uma ameaça planetária!
Geraldo Alckmin? A Sabesp distribuindo mais lucros e fazendo menos investimentos? Nunca ouviram falar.


sábado, 20 de setembro de 2014

RACIONAMENTO ANTES OU DEPOIS DAS ELEIÇÕES?

Leia esta matéria do Tijolaço

O “volume morto” se foi, mas a irresponsabilidade de Alckmin continua

20 de setembro de 2014 | 11:11 Autor: Fernando Brito
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Os jornais noticiam que a Agência Nacional de Águas abandonou o comitê gestor do Sistema Cantareira pela recusa do Governo de São Paulo em aceitar as decisões técnicas que previam a redução do volume de água das moribundas represas do complexo de abastecimento.
Hoje pela manhã, a medição oficial da Sabesp acusou a volta ao mesmo índice no dia em que as “gambiarras” instaladas por Geraldo Alckmin começaram a sugar o chamado “volume morto”, a água do fundo das represas.
Ou seja, em quatro meses, não apenas se consumiram os 182 bilhões de litros da tal “reserva técnica” – como o governador prefere chamar  - como outros 80 bilhões de litros que chegaram pelos rios que abastecem as represas.
O eleitor paulista – e paulistano – parece continuar acreditando que as chuvas vão chegar e tudo estará resolvido.
Antes fosse assim.
Não há mais de onde tirar novas cartas da manga. Restam, neste momento, menos de 80 bilhões de litros e isso se acreditarmos que deste reservatório aí da foto, o Jaguari, ainda se possam tirar 31 bilhões de litros.
A questão continua sendo tratada como se fosse uma disputa política entre estados ou entre São Paulo e a União, quando é um caso de calamidade pública.
PS. Já quando o assunto é o tal “apagão” elétrico que não houve, notícia boa também não sai na mídia. Anteontem entrou a décima-quinta turbina de Jirau, no Rio Madeira, de um total de 50 unidades geradoras. Até o final do ano, ao menos 25 turbinas estarão produzindo, cada uma, 75 MW.  Ou o equivalente a quase 5% de toda energia hidrelétrica gerada no Brasil.  Jirau, como se sabe, é uma das hidrelétricas que, dependesse de Marina Silva, não tinha saído.