segunda-feira, 10 de setembro de 2018

PROPOSTAS ELEITORAIS DO PARTIDO NEOLIBERAL – O PNL

O partido neoliberal não tem existência formal, mas é o partido que representa, de fato, as classes dominantes no Brasil (assim como no resto do mundo). Seus interesses, sua visão da sociedade e sua ideologia, que é o neoliberalismo econômico, já há algumas décadas dominam os meios de comunicação e predominam nos ambientes acadêmicos.


Para as eleições de 7 de outubro, ele se apresenta desdobrado em agrupamentos partidários (assim chamados “partidos”) formais, que incluem: o PSDB de Alckmin, o partido de Marina, o de Álvaro Dias, o MDB do Meirelles, e os partidos de João Amoedo e de  uns outros dois. O mais amplo Partido das Forças Armadas, que inclui as armas exército marinha e aeronáutica mais polícias militares e civis, e o Partido do Judiciário, parte da estrutura do PNL, não disputam diretamente as eleições, ao menos por ora. Municiado pela mídia praticamente unânime, ele tem propostas que embora não explicitadas de maneira clara em textos assinados ou falados pelos seus candidatos, deveriam ser do conhecimento de todos.

O princípio geral das intenções é continuar e acentuar a transferência de riqueza, rendas e liberdade política do Estado brasileiro e das populações mais pobres para o tal Mercado. Esse princípio materializa-se em:

Primeiro, a continuidade do desmanche de todas as funções de estado – relativas a saúde, educação, infraestrutura e segurança públicas. Esse desmanche, num processo conhecido como desestatização, privatização, ou de modo mais apropriado como privataria, tem dois efeitos principais: diminui as funções de estado que favorecem os que não são ricos, e aumenta as oportunidades de negócios para os financiadores do partido neoliberal.

Segundo, a repressão sobre os mecanismos sociais utilizados pelas populações não ricas para negociar sua parcela nas rendas geradas na economia ou reciclada através do sistema de impostos, será aumentada, com ataque a todas as liberdades democráticas através tanto de medidas graduais como de assaltos na forma de golpes sobre as instituições e ataques armados contra setores da população brasileira.

O PNL já está no poder. Faz tempo. Durante 12 anos inclusive conviveu dentro do governo federal com os governos do PT, interferindo e atravessando suas ações em grau maior ou menor. Trata atualmente de, depois de desmontar as leis trabalhistas, entregar o pré-sal, a Embraer, engessar o orçamento por 20 anos para assegurar que os menos privilegiados paguem a conta de sua farra, aprofundar a sangria do país montado em Bolsonaro ou eventualmente em uma junta militar.

Vencer o partido neoliberal, e infligir uma importante derrota ao seu programa eleitoral oculto, se isso for feito, será apenas um primeiro passo para reconquistar a possibilidade e a capacidade da nação unida, apoiada no estado brasileiro construir de maneira democrática uma sociedade minimamente justa e um país de que a gente possa não mais se envergonhar, mas se orgulhar. Com o poder que o PNL exerce atualmente, isso vai continuar impossível. Vamos de Lula, Haddad, Boulos, Manuela, Ciro, Goulart Filho, Vera Lúcia e quem mais estiver disposto a ajudar, que a tarefa vai ser difícil e exigir firmeza, união, humildade, desprendimento e principalmente coragem.

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