Para tentar explicar o mundo em que vivemos aqui neste planeta, creio que é essencial dar nomes. E elaborar sobre o que acontece, e, torno desses nomes.
Já traz significado chamar isso daí de império. Lembra as "Guerras nas Estrelas". Colocar em minúscula também é algo, assim como não colocar um país ou grupo de países para identificar, como Estados Unidos, União Europeia, ou Israel. Trata-se do império.
Um monte de gente é parte do império. Militares, policiais, agentes da CIA/MI6/Mossad. Outros burocratas de governos. Não todos. Muitos deles sem saber que fazem parte de uma máquina, a máquina do império.
Mais os empresários. Mais os direitistas em geral, incluindo os políticos.
E os interessados - bilionários, senhores tecno-feudais, sionistas internos - que formulam o que querem e baixam ordens.
A ordem básica do império é a acumulação e concentração de poder e de riqueza, por uns, os que já estão lá. ou perto.
O império não é nós, mas está em toda parte. Tentáculos, ouvidos, armadilhas. Ataca, destrói, pratica o terror. Como diz Pepe Escobar, trata-se de império do caos.
O império não tem só um centro. Existem os centros gerais - EUA e Israel, mas ele inclui infinidades de centros arrecadadores, repressores, sabotadores. No centro de tudo, fabricantes de armas e de equipamentos e softwares de vigilância desses centros.
Para além da ideologia da "livre empresa", agora vige também a do sionismo em suas duas vertentes, o judeu e o cristão. Parte do sionismo atua nos EUA, sob ordens de Israel, mas é provável que algumas de suas decisões sejam gestadas na própria sede - big techs, fornecedores militares.
Formas de ataques do império incluem, nas sedes, a criação, gestação, lançamento e posse de líderes políticos de aparência progressista. Como Bill Clinton e Barack Obama. Como a derrubada dos progressistas do partido trabalhista britânico, como George Galloway e principalmente Jeremy Corbyn e sua substituição por sujeitos como Keir Starmer, por exemplo.
Uma ferramenta ideológica que parece bastante poderosa é o racismo. Os donos do mundo e patrões do império são homens brancos, com uma bem notável alta incidência de anglo-saxões e germânicos em geral. Uma ideologia que os une.
As mentes podem ser mantidas presas a assuntos irrelevantes para seus donos e para as comunidades de que eles poderiam participar, de maneira ativa. As big techs e os dispositivos de propaganda de consumo e submissão às verdades do império são parte integrante do processo de tornar e manter passivos os trabalhadores.
Os mecanismos de repressão a denúncias ou críticas a uma das ações básicas do império nos dias de hoje - o massacre e genocídio do povo palestino - têm tido características bastante novas para as chamadas "democracias" do ocidente. Em vários países, partindo dos EUA, os governos e as burocracias estatais atuam em várias instâncias para limitar e punir toda ação contra o sionismo.
Império é sistema. Tem paralelo com a internet, hoje em grande parte dominada pelos interesses das big techs. Aliás, o nome internet predomina, mas ela também foi chamada de teia abrangendo o mundo (world wide web, ou www) De certa forma, somos limitados e presos na teia do império, sujeitos a incursões das aranhas.
Os corpos dos vivos somos sujeitos à exploração das grandes fabricantes de remédios, dos planos de saúde privados, das indústrias de captura da atenção, de sedução, da pornografia. Pessoalmente, na comunidade, o ser humano se compõe, interagindo diretamente com pessoas e (pequenas) instituições. Dentro do império, ele é sujeito a ser colonizado, e só não o é se ele enfrentar seus tentáculos e sua ideia mesma.
Enfrentar significa conhecer e combater.
Os dois centros de operações do império, EUA e Israel, em grande parte se complementam. É importante delinear tais operações, em que este último tem se destacado cada vez mais.
Ameaças, controle das mídias, ações nas redes sociais, montagem de ONGs e de igrejas evangélicas sionistas e reacionárias.
Ataques por bombardeio ou por drones, sabotagens, articulação de revoluções coloridas. O Brasil tem sido alvo da guerra híbrida, e é importante assinalar as formas de guerra exercidas pelo império, desde que passamos de Portugal para a Inglaterra, e depois os EUA. O senso comum (e a história oficial) aqui nunca encarou as ações de sabotagem e auto-sabotagem - e seus efeitos ao longo da história.