terça-feira, 6 de novembro de 2018

COMEÇA O PERÍODO BOLSONARO


A eleição de Bolsonaro encerra o ciclo de destruição da democracia de 1988 pelas tropas da elite conservadora do Brasil.

Resta o entulho, não mais o entulho autoritário que a Constituição de 1988 herdou, e não processou, mas um conjunto de instituições que agora já há vários anos não funciona para a cidadania.

Democracia permanece um mito para o Brasil, não operante.

Bolsonaro é agente provocador, chefe de milícia, ou uma mistura dos dois, a conferir.

Que os ricos se dão bem, é uma condição de sempre, ininterrupta.

Foi e é comprovadamente irracional privilegiar, da forma que for, uma burguesia “nacional”. Nisso concordamos com os neoliberais, que além de procurar garantir a extração de rendas financeiras da economia real, desprezam qualquer apoio aos empresários nativos.

É bom conhecer como funciona politicamente a (pequena) burguesia evangélica. São os sacerdotes do Estado, operando sob a sombra das grandes corporações evangélicas (Universal e algumas outras).

Como sempre, o pensamento distanciado do atual para uma visão histórica e radical (que procure e examine as raízes dos acontecimentos atuais) é necessário e urgente.

A grande cisão social também é uma cisão geográfica. Como Slavoj Zizek propõe, citando um modelo espacial de círculos concêntricos, há uma segregação espacial cada vez mais nítida e física entre os que pretendem se refugiar dos desastres ambientais e sociais, a minoria dos ricos, mais os pretendentes a ser seus agregados, e o resto dos 7 bilhões de seres humanos deste planeta.

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