segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A MENTE CAPITALISTA

Os capitalistas e os defensores do capitalismo consideram seu sistema revolucionário e libertador. Essa afirmação tem alguma base histórica, mas depois das guerras entre impérios e do império contra o resto do mundo dos séculos 20 e 21, depois do fascismo, do reino saudita, revela-se anacrônica e falsa como o mito da criação do mundo descrito no livro do Gênesis.

O capitalista atual, como os senhores de escravos, não tem muito respeito pelos seres humanos que os servem, como trabalhadores ou consumidores. Movidos pelo interesse econômico de faturar ao máximo, nas relações com essas duas classes de pessoas, a tendência é não considerá-las como parceiras (como alegam considerar), mas como objetos que devem ser pressionados a fazer o que mais favorecem esse faturamento.

Houve um tempo em que os mercadores na Europa chegavam a uma vila medieval, e pediam autorização do chefete feudal para montar sua barraca. A coisa mudou ao longo dos últimos séculos, hoje o Estado se consolidou como um instrumento básico para impor o poder dos grandes mercadores: banqueiros, industriais, concessionários de serviços públicos, agronegócio, e outros. 

Em outros tempos, o do mercantilismo, o capital apoiou o tráfico e a exploração do trabalho de escravos e dele se serviu para montar várias das fortunas que permanecem até hoje. O objetivo básico de suas operações hoje é e sempre foi, acumular riqueza e poder, indefinidamente, muita acima de qualquer propósito de necessidades, luxo, ostentação ou segurança econômica. E acumular mais, sempre mais. 

Por isso, temos que consumir mais. Temos que ceder o que temos, independente de isso ser pouco ou muito, para alimentar os lucros das corporações capitalistas. Temos que nos endividar e depois entrar em políticas de austeridade, em que todos sofrem, menos as corporações e os ricos. Menos educação, menos saúde, menos segurança pública nas cidades.

Claro que isso não é expresso claramente na ideologia propagada pela mídia. Em vez disso, vem o "estado mínimo", nos termos dos donos do poder, e o "combate a corrupção", feito em colaboração com setores hoje dominantes no judiciário e na polícia, que deixa de fora os políticos de direita. 

É nisso que dá acreditar no noticiário radicalmente enviesado, e seguir as "opiniões" dos colunistas da mídia. Assim se forma a mente capitalista, nas cabeças de pessoas incapazes de distinguir seus interesses dos donos do poder.




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