quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A GREVE DA USP

Hoje não deu para entrar na USP. As entradas estão todas bloqueadas por funcionários em greve.

Os funcionários tiveram grandes aumentos de salários nos últimos anos, de cerca de 70 por cento. Não admira que os salários tenham acabado por ocupar mais de 100 por cento do orçamento total da USP.

Esses aumentos são parte dos desmandos do reitor João Grandino Rodas, antigo diretor da Faculdade de Direito da USP, considerado persona non grata pela  Congregação daquela escola. 

José Serra sabia da história desse indivíduo quando decidiu nomeá-lo reitor, embora não fosse cabeça da lista tríplice apresentada a ele, quando era governador. Se bem os desastres econômicos da privatização dos serviços públicos causaram dano bem mais grave infringido ao patrimônio público e os interesses da nação brasileira por ele e seus companheiros tucanos, em favor dos que ele e a mídia apelidaram de mercado.

Agora está difícil convencer os funcionários da USP a aceitar zero de aumento. Seria o racional, mas Rodas, a menos que seja louco varrido, sabia o que estava fazendo, além de outros desperdícios colossais de que já falei antes. perseguiu, como os tucanos em geral, o seu interesse próprio, e o da direita brasileira. Se os grevistas ao menos parassem para pensar, poderiam evoluir para uma luta política, defensável perante os outros setores da sociedade. Mas o reitor de Serra teve o que queria, e deixou uma herança para lá de maldita.

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