quarta-feira, 27 de abril de 2022

PEQUENA NOTA SOBRE UMA QUESTÃO CRUCIAL

 Do Pepe Escobar, distribuída hoje no Brasil 247, ao fim de um artigo sobre as recentes eleições francesas. A conferir o que vai acontecer em seguida, na guerra na Ucrânia.

E há, então, a França como Grande Potência. Líder de grandes regiões da África (e acabando de levar um soco nos dentes de Mali), Líder do Oeste Asiático (pergunte aos sírios e libaneses do que se trata), Líder da União Europeia do Great Reset, e profundamente incrustada na máquina de guerra da OTAN.   

O que nos traz à principal história invisível ocorrida antes das eleições e totalmente enterrada pela mídia empresarial. Mas captada pela inteligência turca. O russos, de seu lado, mantiveram-se deliciosamente mudos, em seu característico modo "ambiguidade estratégica".
Denis Pushilin, dirigente da República Popular de Donetsk, mais uma vez confirmou que há cerca de 400 'instrutores' estrangeiros/mercenários – da OTAN – se acotovelando nas entranhas da usina metalúrgica de Azovstal, em Mariupol, com a saída barrada.

A inteligência turca afirma que 50 deles são franceses, alguns de alto escalão. Isso explica o que já foi confirmado por diversas fontes russas, embora de modo algum reconhecido por Paris: Macron deu uma enxurrada de telefonemas frenéticos a Putin, tentando criar um "corredor humanitário" a fim de extrair os seus valiosos quadros.  

A calculada resposta russa foi - mais uma vez - seu característico judô geopolítico. Nada de "corredores humanitários" para quem está no Azovstal, sejam eles neonazistas do Azov ou seus instrutores da OTAN, e tampouco bombardeios arrasadores. Deixe que eles passem fome – e, ao final, eles serão forçados a se render.

Entra em cena a ainda não confirmada mas plausível diretriz de Macron: não se render de forma alguma.  Porque uma rendição significaria dar a Moscou, de bandeja, uma série de confissões e todos os fatos sobre uma operação ilegal e secreta conduzida pelo 'líder da Europa' em favor dos neonazistas.

Então, é imprevisível o que acontecerá quando – e se – a história inteira vier à tona na França. Isso talvez aconteça durante o tribunal de crimes de guerra a ser em breve instalado, provavelmente em Donetsk.

Aux armes, citoyens? Bem, eles têm cinco anos pela frente para erguer as barricadas. Talvez isso aconteça antes do que pensamos.

 

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