Saiu no Counterpunch.
https://www.counterpunch.org/2020/12/18/donald-trump-puts-israel-first/
18 de dezembro de 2020
Donald Trump coloca Israel em primeiro lugar
por Nicky Reid
As tensões estão novamente atingindo um pico febril no Oriente Médio. Toda a região parece ser assombrada por um caos fantasma. Por todos os desertos do Oriente, uma feia onda de atos de violência aparentemente aleatórios estão se acumulando no que só pode ser devidamente categorizado como uma tempestade de merda de categoria 5 na classificação de desordem. Estranhas explosões estão ocorrendo novamente nos estaleiros do Mar Vermelho. Todos os sinais lógicos apontam para mais minas misteriosas, mas a Arábia Saudita insiste que é obra dos rebeldes Houthi, usando barcos drones estilo James Bond.
Os renegados tipicamente fanfarrões permanecem em silêncio, enquanto as ameaças de duplicar a fome genocida do Iêmen, declarando-os terroristas passam de sussurros a resmungos. Enquanto isso, ataques aéreos presumivelmente israelenses estão aumentando ao norte, em todo o Levante, enquanto um fluxo constante de vazamentos informa ao Quarto Estado que a nação de Sião está se preparando para um ataque iminente ao Irã durante as horas finais do regime de Trump , que por sua vez promete novas sanções contra a República Islâmica devastada pela Covid todas as semanas até a inauguração.
Tudo isso, essa sinfonia de construção de caos não tão aleatório, inchou em um crescendo horrível com o brutal assassinato do principal cientista nuclear do Irã, Mohsen Fakhrizadeh, nos sonolentos subúrbios ao redor de Teerã. Há rumores de que aqueles cultistas rastejantes e assustadores do MeK despacharam um esquadrão da morte para massacrar o venerado maestro civil, muito amado pelo povo iraniano, a sangue frio. Mas todo mundo sabe quem são os verdadeiros culpados. Eles mal ocultaram. O regime Trump e seus patrocinadores em Israel têm lançado pistas como pedras, à esquerda e à direita.
Aparentemente, um malvado Mau Homem Laraja recentemente teve que ser impedido por seus próprios capangas neoconservadores de lançar um ataque aéreo massivo contra as instalações nucleares do Irã. Isso poderia ser logicamente presumido como sendo mais aleatório de rigueur para um governo, que não sabe atirar direito se não fosse pelo fato de que coincidiu de perto com a festa do pijama mais assustadora do mundo desde Potsdam.
Uma reunião clandestina na cidade saudita de Neom entre os senhores do caos, Bibi Netanyahu, Mike Pompeo e Mohammed bin Salman foi realizada no Dia de Ação de Graças. Diz-se que o sociopata Wahhabi moreno cortador de cabeças, MBS, de todos os animais, foi na verdade a voz da razão neste menage a trois satânico, enquanto Bibi e Pompeo se preparavam para a guerra total. A escrita parece estar escrita com sangue na parede, alta o suficiente para que toda a vizinhança veja. Em cinquenta línguas diferentes, do persa ao esperanto, Donald Trump declarou sinal verde para o Irã e traçou uma linha vermelha que qualquer xiita ou pseudo-xiita pode cruzar com um único foguete para iniciar a 3ª Guerra do Golfo.
Como um tolo eu havia mantido a esperança de que Donald Trump usaria suas últimas semanas no poder para sentir o caos contra seu próprio estabelecimento neoconservador por trabalhar horas extras para garantir que sua presidência fosse um fracasso de um único mandato. Eu queria crer que aquele bastardo bronzeado finalmente teria bom senso o suficiente para perceber que a única maneira de ele deixar o Salão Oval como qualquer coisa que não um perdedor soluçante, seria realmente colocar a América em primeiro lugar e trazer as tropas para casa. Não estou incrivelmente chocado por uma criatura tão consistentemente suja ter para o outro lado com as coisas, mas da mesma forma não estou desapontado. Até os revolucionários querem acreditar em milagres no Natal.
Oo Donald deixou bem claro que a única coisa que pretende realizar com o que restou de sua presidência, além de assediar os tribunais com ataques sibilantes, é a sabotagem total de qualquer esperança de Joe Biden cumprir sua promessa de campanha benevolente de retorno para a sanidade relativa do acordo de paz nuclear, o JCPOA. A boa notícia é que os mulás não têm nem metade da miopia de seus adversários ianques mais velhos. A palavra veio por todo o Crescente Xiita para cada milícia que não quer ver mais os seus próprios morrerem de fome e arder para educadamente prendere a respiração e sentar-se sobre as mãos até 20 de janeiro. A má notícia é que Trump seguiu sua própria doutrina distorcida até sua conclusão natural, oficialmente sotando a coleira daquele animal raivoso chamado Israel.
A maioria das pessoas parece nem estar ciente de que Trump tem uma doutrina de política externa, o que é compreensível considerando que sua coleção peculiar de transtornos de personalidade anti-social o impede de qualquer código moral superior a uma idiota autofelação. Mas a sua é realmente uma Doutrina Trump. Uma doutrina muito simples que diz: 'Se você tem o dinheiro, nós temos as bombas'. Donald revelou a máquina de guerra americana como uma prostituta de dois dólares para cada bandido e pervertido com mesada, de Erdogan a MBS, mas Israel sempre foi o John número um do Mack Daddy Trump e eles pagaram generosamente por esse privilégio. Aquele Mason Verger de cabelos ruivos, magnata do cassino Sheldon Adelson, despejou centenas de milhões de dólares nos cofres de Trump, praticamente colocando uma coleira no próprio cafetão como cafetão sionista.
Isso realmente não está muito longe das doutrinas anteriores da América. O Império Americano sempre operou como uma rede de proteção no estilo máfia, bombardeando merda sobre fracos indefesos como Granada e Sérvia, e então sugerindo aos seus vizinhos que seria uma pena se algo semelhante acontecesse com sua bela nação se eles não fossem protegidos pelos próprios bandidos. Como a maioria de suas políticas, Trump simplesmente tirou toda a magia de nossas políticas já fascistas rasgando a cortina e cobrando o lance mais alto para ver como a salsicha é feita. Isso significa divulgar oficialmente a doutrina de longa data da América de colocar Israel em primeiro lugar. O elefante colossal banhado em sangue árabe no canto agora obtém seu lugar na cabeceira da mesa.
Toda a história da relação israelense-americana pode ser resumida essencialmente com o antigo conto popular hebraico do Golem. A América queria um 51º estado a travar novas cruzadas no Oriente Médio, então, junto com a Inglaterra, construímos uma com argila do Mar Vermelho e o chamamos de Israel. Só agora, quando o Ocidente atinge o ápice de seu declínio, Israel decidiu se tornar um império por direito próprio. As pessoas não gostam de falar sobre o lobby de Israel, principalmente porque têm medo de serem rotuladas como anti-semitas por seu esquadrão de lama na AIPAC.
Isso permitiu que nosso suposto aliado escapasse impune de coisas literalmente indizíveis. Considere por um momento o fato bizarro de que Israel recebe o microfone de todos os canais de notícias a cabo, da Fox ao MSNBC, para que possa filosofar sobre a imoralidade de um projeto de armas nucleares iraniano totalmente fictício, enquanto eles empacotam mais de cem bombas ilegais sem tanto como membro da AIEA depois de roubar a fórmula de Washington, e ninguém jamais disse uma maldita palavra sobre isso no ar. Ninguém! Vá em frente uma verificação. É como ter Ted Bundy como um defensor dos direitos das mulheres enquanto impede qualquer pessoa de mencionar a porra da contagem de cadáveres.
Aparentemente, reconhecer os fatos empíricos da realidade é anti-semita. Quem sabia? Além de todos os judeus que odeiam a si mesmos que compõem a espinha dorsal do movimento anti-sionista, a grosso modo. Israel consegue tudo o que Israel deseja, a menos que tomemos a mangueira novamente. Mas Donald Trump levou essa relação sadomasoquista peculiar ao próximo nível de subserviência babosa, presenteando abertamente o estado do apartheid em Jerusalém e criando um "plano de paz" que parece ser um plágio flagrante da Trilha das Lágrimas.
Mas o que nosso golem dominador de chicote realmente quer para Hanuká é a cabeça do Irã em uma bandeja de prata. Isso ocorre porque o Irã é o último irmão mais velho que a Palestina deixou que está disposto a enfrentar seus valentões. O Hezbollah, financiado pelo Irã, se tornou uma máquina de gritar anti-sionista de baixas emissões, entregando ao cruel regime do golem o tipo de derrota humilhante que metade dos exércitos permanentes do mundo árabe não conseguiram. Teerã tem que ir, não porque sejam culpados de possuir brinquedos como Zions, mas porque são culpados do crime imperdoável de ser um bom vizinho. Esses desgraçados doentios.
A grande questão é o que acontece depois de Trump? As chances são de que o Irã vencerá o jogo da espera contra um idiota laranja beligerante. Mas e daí? Embora Biden prometa um retorno à glória da era Obama do JCPOA, ele também promete, de forma ameaçadora, torná-lo grande novamente, pressionando pela inclusão de mísseis balísticos no negócio. Isso basicamente impediria o Irã de se defender contra os psicopatas traficantes de ICBM em Riad e Jerusalém, ao mesmo tempo que os tornaria completamente dependentes dos caprichos da mesma nação que descaradamente cagou no último acordo.
Como eu disse, não há nada de sem precedentes em Trump. A tirania da era Trump só é possível porque as três últimas administrações, incluindo a de Biden, tornaram uma máquina assassina à prova de idiotas. A lição número um a tirar do acordo de paz nuclear da América não é como é fácil reiniciar, mas como foi fácil jogá-lo fora. Nessas circunstâncias, o Irã deveria nos aceitar de volta? Eles podem não ter escolha. Enquanto isso, a Cisjordânia continua queimando contando com apenas um vizinho faminto para apagar o fogo.
A paz não é ótima, queridos filhos da puta? Bem, não é !!?
Nicky Reid é um gonzo blogueiro anarco-gênero agorafóbico da Pensilvânia central e editor assistente do Attack the System. Você pode encontrá-la online em Exile in Happy Valley.
Nenhum comentário:
Postar um comentário