terça-feira, 11 de outubro de 2016

QUANDO O GOLPE FOR DERROTADO

Eis algumas das coisas que os políticos - de partidos, dos movimentos sociais, das imprensas e mídias vão ter que defender, para eu aceitá-los:


Propor emendas à Constituição para incluir entre as funções do Estado o combate à desigualdade.

Combate ao poder do capitalismo financeiro: bancos e grandes corporações sobre a sociedade. Taxando grandes fortunas e lucros sobre papeis dos bancos e corporações.

Reformar o aparato policial, desmilitarizando as polícias e passando a proteger toda a população, com o término da insegurança nas ruas e de territórios dominados por bandidos.

Restabelecer o equilíbrio entre poderes, limitando o as ações do poder judiciário e submetendo seus componentes a controle externo.

Quebrar os monopólios de mídia. Retirar de imediato concessões de rádio e televisão a políticos. Estabelecer uma empresa estatal de radiodifusão, tão forte aqui como por exemplo a BBC no Reino Unido.

Estabelecer um sistema de inteligência que controle as atividades de espionagem e de interferência de países estrangeiros na política e em aparelhos de estado brasileiros.


Assegurar direitos a movimentos sociais e sindicatos, para que tenham condições de negociar e para contrabalançar a guerra neoliberal contra direitos dos trabalhadores e cidadãos comuns.

E claro, muito mais. 

No intervalo, recomendo muito a leitura do livro Golpe de Estado, de Mylton Severiano e Palmério Doria. Mesmo para quem viveu todos esses anos desde o golpe  de 1964 e ditadura civil militar subsequente, é importante recuperar como agimos e como eles agiram até o golpe, em marcha, de 2016. 

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