sábado, 14 de novembro de 2015

TERRORISMO MUÇULMANO

O comentarista e humorista estadunidense Bill Maher tem se colocado como particularmente crítico do islamismo em si, já que é a única religião que (nos tempos atuais) é ponto de partida e racionalização suprema para ações terroristas contra outros, ou seja, os governos e povos não islâmicos em geral.

O que ele deixa de dizer é que as formas de violência de matriz terrorista, desde depois da Segunda Guerra Mundial foram praticadas primeiro pelo Estado de Israel em seu início, com massacres destinados a provocar o terror e a fuga dos povos não judeus que viviam na Palestina. A reação palestina inclui atentados terroristas, que não ocorreram antes que o estado judeu começasse suas próprias práticas.

Caminhando rapidamente para a frente, vejamos a Al Qaeda. Em 1978, os Estados Unidos decidiram derrubar o governo laico e próximo dos comunistas do Afeganistão. Para isso, começou a alimentar uma insurgência, que por sua vez levou, como queriam os EUA, à invasão do país pela União Soviética. A insurgência incluiu o apoio e financiamento de escolas islâmicas, com a participação dos wahabistas, um dos ramos mais extremistas dos islamismo, dominante na Arábia Saudita, que participou ativamente no processo. Uma guerra de nove anos, conduzida pelos mujahedin apoiados pelos EUA, acabou derrubando o governo do Afeganistão, à custa da morte de um milhão de pessoas em um país de 26 milhões. Segui-se uma guerra civil que acabou colocando no governo os talibãs.

Assim, os jihadistas, sejam eles da Al Qaeda, dos talibãs, ou do estado islâmico, foram ovos de serpente que foram chocados e nutridos pelos Estados Unidos e seus aliados, em particular a Arábia Saudita e os países europeus da OTAN. Que aconteceu no Afeganistão? E depois no Iraque, na Líbia, Síria? Semearam o caos, esperavam não ser afetados. Erraram.



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