domingo, 22 de novembro de 2015

O CAPITALISMO TRIUNFANTE DE NOSSOS DIAS


As prescrições que os aparelhos ideológicos da burguesia: mídia, escolas de economia, dão aos cidadãos é simples. 

Se trabalhar empregado, fazer tudo o que o patrão manda, inclusive horas extras, pagas ou não, tratar mal os colegas, tratar mal os clientes quando assim for determinado.

Se for autônomo, ou patrão, fazer dinheiro, a curto prazo é o objetivo único.  Se for mais pobre, para satisfazer as necessidades básicas de alimentação, higiene, moradia. Se tiver passado do nível de subsistência, para consumir o que for colocado pelo "mercado", e acima disso, acumular, para especular ou tornar-se rentista, e acumular mais, sempre mais.

O patrão, por sua vez, mudou de feição, e de natureza. Deixou na maior parte das vezes de ser um ser de natureza humana, mas um ser virtual, chamado acionista. Acionista anônimo, já que a empresa normal é agora uma sociedade anônima. A economia não trata de produzir bens e oferecer serviços a não ser como meio para produzir dinheiro, ou seja, valor abstrato.

É esse o objetivo que deve ser entranhado por todos os seres humanos envolvidos: produzir dinheiro, e em prazo curto. A imaginação, o planejamento das ações não são aceitos senão como parte da máquina de produzir dinheiro para acumulação. O planejamento não contempla a abertura de espaços para a criação, mas a submissão dos espaços existentes ao seu domínio.

Isto está desde sempre na natureza do capitalismo. Mas esta condição radicalizou-se no que chamamos hoje de neoliberalismo. Nele, o capitalismo mostra-se incapaz de ser moderado, incapaz de subordinar-se à sustentabilidade das populações e da Terra. Seu personagem básico é o banqueiro, e todos os seus operadores, pertencentes aos 1 %, ou 0,01% de alguma forma a ele se identificam.  Aumenta a desigualdade. Destrói a democracia. Implanta a violência e o caos, e impede que se saia deles.


O capitalismo hoje espelha e se concebe para o poderio dos EUA, e não é por acaso. A ideologia estadunidense é fortemente ligada ao individualismo e ao enriquecimento como confirmação de uma condição de superioridade em relação a outros, sejam eles de seu grupo, sejam eles de "raças" que podem ter seu espaço socialmente, se não politicamente, limitado.

Permanece difícil ser gente, simplesmente.

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