terça-feira, 14 de outubro de 2014

MEU TESTEMUNHO SOBRE ALGUNS POLÍTICOS DO PSDB - PARTE 1

Primeiro o papa deles, Fernando Henrique Cardoso. Era um dos autores que nós, estudantes que militávamos contra a ditadura, líamos. Menos que o Octavio Ianni, menos que o Florestan Fernandes, Paul Singer, mas a gente pelo menos comprava um ou outro livro também dele.


Depois de formados, minha mulher, que fazia pós-graduação em sociologia, foi colega de FHC, então professor na USP, em aulas do mestre Rui Coelho. Reencontrou-o junto comigo, quando fomos convidados para um almoço na chácara do jornalista e executivo de uma associação empresarial (a ABIFFA), Manoel Gomes.  

Não lembro se foi antes ou depois desse encontro que li no estadão um artigo de FHC que me revoltou. Quando todos ao que se opunham à ditadura estavam denunciando torturas e assassinatos, apareceu um curto artigo dele, pedindo a conciliação, quase um congraçamento, da oposição consentida com os detentores do poder.

No encontro na chácara do Gomes, que visava apresentar aos convidados presentes a sua candidatura ao Senado pelo MDB, sentamo-nos com o “príncipe”. Minha impressão imediata: um homem pomposo, falando de alto para baixo. Brandiu sua estada na Inglaterra como um título perante o qual mortais comuns deveriam talvez render homenagens. Não disse nada de substancioso. Como muitos outros políticos ou candidatos a políticos que encontrei em minha vida, ele parecia querer dizer: não preciso dizer a que venho, minha pessoa é suficiente. Acho que é daí que veio o apelido (irônico, pessoal!) de príncipe.


Não sei como ele é com os amigos. Para mim, ficou sendo um chato pomposo.

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