quarta-feira, 10 de julho de 2013

SOBRE PLEBISCITO

De meu amigo Gato, para ler e refletir. Até agora, o perigo das manifestações, era uma apropriação das ruas para uma agenda da direita, via grupos violentos: responsabilização do governo Dilma, golpe. De agora em diante, é não acontecer nada. Aí são os fisiológicos que tomarão o processo, aos poucos, para que tudo permaneça como está, congresso e partidos que não representam quem os elegeu, mas sim quem os financiou. 



A Câmara Federal do Brasil (senadores e deputados federais), através de uma reunião de lideranças partidárias, decidiu que é inviável a realização de um plebiscito para a reforma política-partidária, alegando ser impossível que as modificações aprovadas possam ser implementadas nas eleições do ano que vem. A verdade não está nesta versão, até porque não havendo tempo hábil para 2014, as modificações poderiam muito bem serem usadas para as eleições de 2016. Então, o que está por trás desta decisão? Disputa do poder e a manutenção da situação atual, com pequenas alterações cosméticas, superficiais, onde a corrupção, compra de votos, tráfico de influência, impunidade continuam existindo. Há mais de uma década que um projeto de reforma política-partidária existe na Câmara e nunca foi posto em discussão e votação. Por que?
Agora, tentando responder ao clamor popular nas ruas, a toque de caixa, uma Congresso Federal (Senado e Assembleia Legislativa) onde mais de 70% da população brasileira não confia, que reconhece como sendo um antro de corrupção, assim como partidos políticos que também não tem apoio e nem confiança da maioria dos brasileiros, tenta acabar com a possibilidade de um plebiscito trocando-o por um referendo? Referendar o que? Qual proposta de reforma política? Que moral políticos e partidos têm junto a sociedade em apresentar qualquer proposta de reforma? Qual a credibilidade que existe nesta esfera de poder? Quem acredita na honestidade de pessoas que até agora só se locupletaram do erário público, com total impunidade? Confiar num Congresso com esse histórico não seria dar um cheque em branco para partidos e políticos que nunca se preocuparam com o país e sua gente? O referendo é um retrocesso em relação a tudo que se lutou nas ruas, um desrespeito a todos que respiraram gás lacrimogênio, que tomou tiro de balas de "borracha", que levou porrada da polícia, que foi chamado de arruaceiro e de vândalos por uma imprensa golpista e mentirosa.
Um plebiscito, ao contrário, significa dar voz às pessoas. A aprovação ou não das propostas, sejam elas quais forem, tem um peso político muito maior que qualquer referendo. Nenhum congresso deixaria de aprovar propostas que foram decididas pelo povo numa eleição... para isso existe a figura jurídica do plebiscito, uma das formas mais próxima da democracia direta, um tipo de participação popular que amedronta a direita reacionária e conservadora brasileira. A resposta mais honesta e autêntica para todo clamor das ruas é o plebiscito. Fazer um referendo é golpe, é manter no poder todos os políticos e os partidos que brasileiros não confiam. Os mesmos que mantém o esquema de corrupção, bandidagem, tráfico de influência, impunidade e tudo mais. É dar a todos eles um bilhete eterno na manutenção do poder político nacional. Ser contra o Plebiscito é apoiar e concordar com todos os políticos corruptos e bandidos que estão no Congresso. A saída é PLEBISCITO JÁ!

Nenhum comentário: