quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O QUE FAZER? NOVO POST

Tem bastante o que fazer. Mas somos poucos, não somos tão sábios, e o inimigo continua no controle das ações e da narrativa.

Inimigo: o poder financeiro que tem se apoderado de nacos cada vez maiores da riqueza e da renda, em escala mundial. Por poder financeiro, vamos explicar: entendemos os banqueiros, os executivos das grandes corporações nacionais e internacionais. Incluídos de há muito tempo os donos da mídia em geral (praticamente todos no Brasil, e a maioria em quase todos os países nominalmente democráticos), e, recentemente, os membros do poder judiciário e chefias das polícias militares. Sem esquecer os Estados Unidos da América, sempre trabalhando para manter o país em estado de servidão.

O poder judiciário no Brasil, mediante acordos com políticos de direita, alçaram-se ao grupo dos 1 por cento mais ricos. Assim, além da função tradicional de servidores dos donos do poder econômico - antes a burguesia escravocrata, a agrária, a industrial e de serviços e a financeira, eles são servidores de si mesmos. Todos as ações desses juízes e procuradores de todas as instâncias deixam assim de ser algo para os "outros", mas algo para "nós todos".

E nós de fora desses círculos, que contamos desde a "redemocratização" com instituições do Estado Liberal Democrático, que apoiamos e vimos o país evoluir e crescer, caímos dessa escada que nos foi arrancada, com a brocha na mão. 

Quem somos? A esquerda em diferentes matizes: trabalhadores mais ou menos organizados nas cidades e nos campos, intelectuais, cidadão conscientes avulsos. Todos em algum grau inspirados na ideia comunista primordial, que é a da emancipação de todos, da transcendência em relação às sociedades de classes, inclusive a atual. 

Não estamos perdendo a atenção e o nosso tempo ao tentar mostrar como temos razão? Não é mais importante definir o que queremos e o que fazer para atingir isso, no caminho destruindo a ordem capitalista neoliberal? Não seria um método melhor de meditar o mundo e pensar as ações imediatas? Tipo de coisa que se pode fazer em escala individual e dentro de grupos que pensem mais ou menos da mesma forma.

É importante discernir sempre a linha que separa o conformista do que não desiste da procura de uma melhor atitude, de uma melhor política, de uma melhor sociedade. E é preciso contestar, mesmo isto sendo desconfortável e desagradável. Sempre tem os amigos. Sempre tem a arte. 

Os jornais e as mídias ignoram de propósito os grupos sociais que ajudam na concentração cada vez maior da riqueza. E escondem essa realidade no meio de noticiários de coisas muitas vezes muitissimamente menos relevantes e de notícias propriamente falsas.

De todo modo, parece cada vez mais que o tempo vai ficar quente. Na falta de uma esquerda organizada, vai ficando cada vez mais provável uma cisão da sociedade, e a irrupção de múltiplos focos de violência. Os EUA e suas corporações estarão à espreita para aproveitar e intervir, trazendo para cá o que eles já fazem no Oriente Médio e na América Central.

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