(CAS)
Médicos atropelam o corporativismo médico
23 de Jul de 2013 | 21:21
Faltando ainda uma semana para o final das inscrições, o programa “Mais Médicos” registrava, na quinta-feira passada, 13.857 médicos inscritos. Deles, 11.147 (80,5%) se formaram no Brasil e 2.710 no exterior. Por nacionalidade, 12.701 são brasileiros (91,7%) . Apenas 8,3% ( 1.156) são estrangeiros.
Onde está a invasão estrangeira na medicina brasileira?
A prioridade é total aos brasileiros e só haverá chamada de estrangeiros nos municípios para onde não houver inscrição de brasileiros. Sexta-feira será divulgado o número de vagas em cada município inscrito e só na semana que vem, nas vagas sobrantes, haverá a possibilidade de escolha pelos estrangeiros.
Ou seja: só haverá médicos do exterior onde sobrarem vagas que brasileiros não queiram ocupar.
Se há algum problema no programa, de adesão ao programa é a desinformação dos pequenos municípios sobre as condições de adesão.
Dos 1290 municìpios considerados prioritários, 671 (52%) já tinham se inscrito até ontem, apontando as unidades básicas de saúde de suas regiões em que há falta de médicos e assumindo o compromisso de garantir moradia e alimentação aos médicos que, além disso, vão receber uma bolsa de R$ 10 mil.
Mesmo assim, ontem, no Maranhão – estado brasileiro com menor número de médicos por habitante, apenas 0,7 por mil habitantes – dez profissionais tentaram impedir um encontro promovido pelo Ministério da Saúde para explicar a prefeitos as condições de adesão ao programa.
Eles ficaram de costas para o ministro Alexandre Padilha, enquanto este falava. Não deve ter sido difícil para quem consegue ficar de costas para as pessoas humildes que necessitam de médicos.
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