A eleição de Bolsonaro encerra o ciclo de destruição da
democracia de 1988 pelas tropas da elite conservadora do Brasil.
Resta o entulho, não mais o entulho autoritário que a
Constituição de 1988 herdou, e não processou, mas um conjunto de instituições
que agora já há vários anos não funciona para a cidadania.
Democracia permanece um mito para o Brasil, não operante.
Bolsonaro é agente provocador, chefe de milícia, ou uma
mistura dos dois, a conferir.
Que os ricos se dão bem, é uma condição de sempre, ininterrupta.
Foi e é comprovadamente irracional privilegiar, da forma que
for, uma burguesia “nacional”. Nisso concordamos com os neoliberais, que além de
procurar garantir a extração de rendas financeiras da economia real, desprezam
qualquer apoio aos empresários nativos.
É bom conhecer como funciona politicamente a (pequena)
burguesia evangélica. São os sacerdotes do Estado, operando sob a sombra das
grandes corporações evangélicas (Universal e algumas outras).
Como sempre, o pensamento distanciado do atual para uma
visão histórica e radical (que procure e examine as raízes dos acontecimentos
atuais) é necessário e urgente.
A grande cisão social também é uma cisão geográfica. Como
Slavoj Zizek propõe, citando um
modelo espacial de círculos concêntricos, há uma segregação espacial cada
vez mais nítida e física entre os que pretendem se refugiar dos desastres
ambientais e sociais, a minoria dos ricos, mais os pretendentes a ser seus
agregados, e o resto dos 7 bilhões de seres humanos deste planeta.
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