SP 247 - O governador Geraldo Alckmin (PSD) enviou à Assembleia Legislativa projeto de lei em regime de urgência propondo a extinção a Corregedoria de Fiscalização Tributária (Corcat).
O órgão foi um dos responsáveis por identificar o esquema que deu prejuízo de R$ 2,7 bilhões ao tesouro estadual, com fraudes no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Segundo a Agência PT de Notícias, a nova Corregedoria de Fiscalização Tributária (Corfisp) será subordinada diretamente ao secretário da Fazenda, Rafael Vilela, e tem o objetivo de "evitar interferências indevidas" nas investigações internas sobre fiscais suspeitos.
Há cerca de um ano promotores estaduais levavam à cabo apurações que apreenderam R$ 450 mil em espécie em escritórios de dois delegados e um inspetor tributário suspeitos de integrarem esquema que favorecia empresas de setor de soja em Bauru.
Dentre as empresas envolvidas nos esquemas de fraude de ICMS, a Prysmian Cabos e a Sistemas do Brasil admitiram terem pagado R$ 17 milhões de propina à agentes, entre 2006 à 2013, nas filias de Jacareí, Santo André e Sorocaba.
Dez agentes da Receita Estadual foram demitidos, dentre os quais o ex- chefe da Corregedoria da Administração Tributária, José Clovis Cabrera. Para o governador a demissão dos fiscais foi "técnica" e na avaliação do secretário Rafael Vilela as fraudes são fatos excepcionais e não se trata de uma questão sistêmica.
A nova Corregedoria que Alckmin quer criar terá um corregedor adjunto e todos os anos seus quadros devem ser renovados em 25%, promovendo um rodízio dos fiscais dos fiscais.
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