A ala conservadora ou direitista, atualmente majoritária, da
classe média, informa-se com os empregados dos senhores Civita, Marinho, Frias,
Mesquita, e adotam como suas as opiniões publicadas desses senhores. Estes por
sua vez recebem dinheiro, um tanto menos de seus leitores e telespectadores e sempre
mais de obscuros empresários e governos estrangeiros.
Os “jovens idealistas” patrulham as ruas junto a seus
associados os vândalos pagos ou não, mais as duas alas de ladrões puros, os que
saqueiam lojas depredadas e os que assaltam os próprios jovens idealistas, sob os
aplausos deles mesmos. São saco vazio, massa de manobra.
“Desculpem o transtorno, estamos mudando o Brasil”. Mas o que estão
fazendo, além de abraçar causas não debatidas na sociedade como no caso da
derrubada da PEC 37, de que eles desconhecem o teor e os argumentos pró e
contra, e só conhecem os slogans divulgados por seus mentores de facebook e
twitter? O que têm dizer sobre a proposta de plebiscito para reforma do sistema
político? É uma proposta concreta para diminuir drasticamente a corrupção, mas
eles não se deixam levar pela realidade, preferem exercer o combate genérico à
corrupção, a qual como eles sabem,
foi introduzida no Brasil pelo PT.
Agora querem demitir todo o congresso nacional (já que ainda
não dá para demitir apenas os deputados e senadores que não são de direita),
que foi eleito em grande parte conscientemente por eles, outra grande parte com
muito dinheiro recebido do capitalismo financeiro. Este, que é fonte de toda a
corrupção, e que é composto de empresas dirigidas por pessoas concretas não existe
nos cartazes dos “bem intencionados” da classe média de direita.
Esses grupos estão a convocar uma greve geral para
segunda-feira 1º de julho, inédita no fato de não ter nem mesmo consultado os
sindicatos de trabalhadores. Como se sabe, são os trabalhadores que fazem
greve, e eles estão organizados em sindicatos e em centrais sindicais, que não
foram consultados. Ó emissores de facebooks e twitters, vocês estão destituindo
os sindicatos?
O que quer essa gente, os que estão atrás dessa massa de
manobra, que evoluamos para uma nova Líbia, uma nova Síria, só porque o Brasil
não se submete a todos os ditames do
poder financeiro e do império estadunidense? Muito do que está acontecendo hoje
é parecido com o que ocorreu em 1964. Quem lutou contra a ditadura, e quem não
deseja uma nova hoje, tem que se posicionar e agir.
O que é O Rinoceronte? Trata-se de peça teatral do
dramaturgo francês-romeno Eugène Ionesco, lançada em meados do século passado,
e que foi levada aos palcos brasileiros pela primeira vez no começo da década de 60. Fala de uma epidemia de rinocerite em uma
aldeia. Recomendo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário