Para as eleições de 7 de outubro, ele se apresenta desdobrado
em agrupamentos partidários (assim chamados “partidos”) formais, que incluem: o
PSDB de Alckmin, o partido de Marina, o de Álvaro Dias, o MDB do Meirelles, e
os partidos de João Amoedo e de uns
outros dois. O mais amplo Partido das Forças Armadas, que inclui as armas
exército marinha e aeronáutica mais polícias militares e civis, e o Partido do
Judiciário, parte da estrutura do PNL, não disputam diretamente as eleições, ao
menos por ora. Municiado pela mídia praticamente unânime, ele tem propostas que
embora não explicitadas de maneira clara em textos assinados ou falados pelos seus
candidatos, deveriam ser do conhecimento de todos.
O princípio geral das intenções é continuar e acentuar a
transferência de riqueza, rendas e liberdade política do Estado brasileiro e
das populações mais pobres para o tal Mercado. Esse princípio materializa-se
em:
Primeiro, a continuidade do desmanche de todas as funções de
estado – relativas a saúde, educação, infraestrutura e segurança públicas. Esse
desmanche, num processo conhecido como desestatização, privatização, ou de modo
mais apropriado como privataria, tem dois efeitos principais: diminui as
funções de estado que favorecem os que não são ricos, e aumenta as
oportunidades de negócios para os financiadores do partido neoliberal.
Segundo, a repressão sobre os mecanismos sociais utilizados
pelas populações não ricas para negociar sua parcela nas rendas geradas na
economia ou reciclada através do sistema de impostos, será aumentada, com
ataque a todas as liberdades democráticas através tanto de medidas graduais
como de assaltos na forma de golpes sobre as instituições e ataques armados
contra setores da população brasileira.
O PNL já está no poder. Faz tempo. Durante 12 anos inclusive
conviveu dentro do governo federal com os governos do PT, interferindo e
atravessando suas ações em grau maior ou menor. Trata atualmente de, depois de
desmontar as leis trabalhistas, entregar o pré-sal, a Embraer, engessar o
orçamento por 20 anos para assegurar que os menos privilegiados paguem a conta
de sua farra, aprofundar a sangria do país montado em Bolsonaro ou
eventualmente em uma junta militar.
Vencer o partido neoliberal, e infligir uma importante derrota ao seu programa eleitoral oculto, se isso for feito, será apenas
um primeiro passo para reconquistar a possibilidade e a capacidade da nação
unida, apoiada no estado brasileiro construir de maneira democrática uma sociedade minimamente justa e
um país de que a gente possa não mais se envergonhar, mas se orgulhar. Com o
poder que o PNL exerce atualmente, isso vai continuar impossível. Vamos de
Lula, Haddad, Boulos, Manuela, Ciro, Goulart Filho, Vera Lúcia e quem mais estiver
disposto a ajudar, que a tarefa vai ser difícil e exigir firmeza, união, humildade,
desprendimento e principalmente coragem.
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