Todos querem justiça. Os muito poderosos são exceção, eles já estão satisfeitos.
Justiça vai se tornando cada vez mais completamente em mercadoria, ou seja, algo que é efetivada mediante um preço. Leva quem é capaz de pagar o preço.
Ela sempre (particularmente no Brasil) sempre foi um instrumento de poder das classes dominantes, no regime colonial, na escravidão, nas várias ditaduras e nos vários períodos parcialmente democráticos. Em tempos contemporâneos, a adoção da ideologia neoliberal, que promove a primazia do mercado sobre as aspirações das pessoas também pelos operadores do direito, moderniza essa atuação.
A classe judiciária - advogados, promotores e juízes, operacionalizam essa transformação da justiça em objeto de compra e venda. De todo modo, um forte componente da vocação para o judiciário sempre foi o de assegurar que a lei funcione bem sobretudo para seus profissionais.
O caos crescente nas relações sociais trazido pelo golpe, completa-se com a insegurança jurídica introduzida ao se ignorarem os direitos e garantias individuais dos golpeados. O fato de essa insegurança jurídica se estender a todos os cidadãos e empresas brasileiros favorece a dominação da economia por interesses estrangeiros, que por disporem de foros internacionais e da possibilidade de simplesmente ir embora, aumentam ainda mais seu poder econômico e político no país.
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