POR
– ON 02/09/2017CATEGORIAS: ALTERNATIVAS, CAPA, MUNDO, POLÍTICAS
Ocidente parece
dividido entre a aristocracia financeira e os gangsters. É preciso reconstruir
a ideia de alternativa, ou não haverá mais Política. Mas quais os caminhos?
Por Alain
Badiou | Tradução: Revista Punkto |
1.
Começo como uma
visão geral, não da situação atual dos Estados Unidos, mas do mundo de hoje.
Penso que o ponto mais importante por onde devemos começar é a vitória
histórica do capitalismo globalizado. Devemo-nos confrontar com esse fato. De
alguma maneira, desde os anos 80 do século passado até hoje, temos a vitória
histórica do capitalismo globalizado. E isso por muitas razões. Primeiro, naturalmente,
o fracasso completo dos Estados socialistas – Rússia, China – e da visão
coletiva da economia e das leis sociais. E este não é um ponto
desprezável. Porque essa é uma mudança que acontece não apenas ao nível
da situação objetiva do mundo atual, mas também, ao nível da subjetividade.
Durante mais de dois séculos (até à década de oitenta do século passado)
existiram na opinião pública dois modos de conceber o destino histórico dos
homens (a um nível geral e a um nível subjetivo). Primeiro, o liberalismo, no
seu sentido clássico. Aqui, liberal tem muitos significados, mas eu tomo-o no
seu sentido original, isto é, a propriedade privada como chave da organização
social, à custa de enormes desigualdades. E, por outro lado, temos a hipótese
socialista, a hipótese comunista (no seu sentido abstrato), isto é, o fim das
desigualdades deve ser constituir o fim fundamental da atividade política
humana. O fim das desigualdades, mesmo à custa de revoluções violentas.
Portanto, de um lado, a visão pacífica da história como a continuação de algo
que é muito antigo: a propriedade privada como chave da organização social. E,
por outro lado, qualquer coisa de novo, que começa provavelmente na revolução
francesa, e que é tanto a afirmação que a existência histórica dos homens deve
aceitar uma ruptura nessa longa sequência onde as desigualdades e a propriedade
privada eram a lei da existência coletiva, como a afirmação de uma outra visão
daquilo que é o destino dos homens, que coloca em primeiro plano a questão da
igualdade e da desigualdade. E esse conflito entre liberalismo e essa nova
ideia que surge debaixo de tantos nomes (anarquia, comunismo, socialismo) é,
provavelmente, o acontecimento mais significativo do século XIX e XX.
Assim, durante
aproximadamente dois séculos, tivemos algo como uma escolha estratégica, que
dizia respeito não apenas aos eventos locais da política (as obrigações
nacionais, as guerras), mas ao destino histórico dos homens, ao destino
histórico da construção da humanidade enquanto tal. Em certo sentido, o nosso
tempo (dos anos oitenta até hoje) é o tempo do aparente fim dessa escolha.
Temos hoje a visão dominante de que não existe uma outra alternativa, de que
não há outra solução. Essas eram as palavras de Thatcher: não há nenhuma
alternativa. Nenhuma alternativa exceto, naturalmente, o liberalismo (ou na
formulação atual: o neoliberalismo). E este é um ponto importante, porque a
própria Thatcher não dizia que esta era uma boa solução. Esse não era um
problema dela. O problema é que é a única solução. E, por isso, a questão não
está em dizer que o capitalismo globalizado é excelente, porque claramente não
é. Todo mundo sabe isso. Todo mundo sabe que as desigualdades monstruosas não
podem ser uma solução para o destino histórico dos homens. Mas o argumento é
“Ok, não é bom, mas essa é a única possibilidade real”. E, por isso, penso que
o que define o nosso tempo é a tentativa de impor à humanidade (e isso à escala
do próprio mundo) a convicção de que só há um caminho para a história dos seres
humanos. E tudo isso sem nunca se afirmar que esse é um caminho excelente, mas
apenas dizendo que não há outra solução, não há outro caminho.
Então, poderíamos
definir o momento atual como o momento de convicção no domínio do liberalismo,
no sentido em que a propriedade privada e o mercado livre compõem o único
destino possível dos homens. E isso é simultaneamente a definição de um sujeito
humano. O que é um sujeito humano? É um negociante, um consumidor, um
proprietário, ou não é nada. Esta é a definição estrita daquilo que é hoje um
ser humano. Essa é a visão geral, o problema geral e a lei geral do mundo
contemporâneo.
2.
Mas quais são os
efeitos de tudo isso ao nível da vida política? Quais são as consequências
dessa visão dominante de um mundo onde se põe apenas uma única hipótese? Todos
os governos devem aceitar esse fato consumado: no mundo atual não se pode estar
à frente de um Estado sem aceitar essa visão única. Não temos nenhum governo no
mundo que esteja dizendo algo diferente. E por que é todos dizem o mesmo, isto
é, que o capitalismo globalizado é a única hipótese possível para a existência
dos homens? Penso que todas as decisões políticas ao nível do Estado, hoje,
dependem estritamente daquilo que eu chamo um “monstro”: o capitalismo
globalizado e as suas desigualdades. Em certo sentido, não é verdade que um
governo hoje seja livre. Não é livre de maneira nenhuma. Situa-se dentro dessa
determinação global e deve afirmar que aquilo que faz depende da interioridade
dessa determinação global. E o monstro é mais e mais um monstro. Devemos
conhecer a situação real das desigualdades. A concentração do capital é algo extraordinário.
Hoje em dia, 264 pessoas têm nas suas mãos o equivalente ao de 3 bilhões de
pessoas. É muito mais do que no período inicial da monarquia. Nunca como hoje,
na história dos seres humanos, foi a desigualdade um fato com tanta relevância
e importância. E esse monstro histórico, que é também a única possibilidade de
existência da humanidade, continua a produzir uma dinâmica de mais e mais
desigualdade e não de mais e mais liberdade.
Assim, e essa é uma
consequência importante da eleição de Trump, toda a oligarquia política, toda a
classe política, tem-se progressivamente tornado parte do mesmo grupo, à escala
do próprio mundo. Um grupo de pessoas que só abstratamente aparecem divididas:
Republicanos e Democratas, Socialistas e Liberais, Esquerda e Direita…. Todo
esse conjunto de divisões é puramente abstrato e não é real, porque tudo isso
se baseia no mesmo horizonte político e econômico. No Ocidente, essa oligarquia
política está hoje em risco de perder o controle dessa maquinaria capitalista –
essa é a realidade. Por entre crises e falsas soluções todos os governos
políticos clássicos, em escala mundial, criam frustrações, mal-entendidos,
raiva e revolta. E tudo isso são reações contra esse caminho único ditado por
todos os membros da classe política. O exercício da politica atual é um
exercício de ínfimas diferenças dentro da mesma hipótese global. Mas tudo isso
tem consequências nas pessoas: efeitos de desorientação, incapacidade de
orientar a vida, nenhuma visão estratégica do futuro da humanidade. E, por
isso, uma grande parte das pessoas procura, no lado das falsas novidades,
visões irracionais e retorno a tradições mortas. Assim, à frente da oligarquia
política, temos hoje uma nova espécie de atores, novos adeptos da violência e
da demagogia vulgar, pessoas essas que estão muito mais próximas dos gangsters
e da máfia do que de políticos educados. A escolha tem sido entre esse tipo de
pessoas e o politico educado. E o resultado tem sido a escolha legal de uma
nova forma de vulgaridade política e algo subjetivamente violento nas propostas
políticas.
Em certo sentido,
esta nova figura política – Trump, mas muitos outros hoje – está próxima da
figura do fascista dos anos trinta. Há algo similar, embora sem esse grande
inimigo que era o Partido Comunista. É uma espécie de fascismo democrático, o
que é um paradoxo: funciona dentro do plano democrático, dentro do dispositivo
democrático, mas onde se joga algo de muito diferente. Donald Trump é racista,
machista, violento, e sobretudo não tem nenhuma consideração pela lógica e pela
racionalidade – o que é uma característica fascista. Porque o discurso, o modo
de falar dessa espécie de fascismo democrático é precisamente uma certa
deslocação da linguagem, a possibilidade de dizer tudo e o seu contrário. Com Donald
Trump não há problema, a linguagem não é a linguagem da explicação, mas é uma
linguagem que procura criar efeitos e afetos, é uma linguagem afetiva que cria
uma falsa unidade, mas uma unidade prática. Temos isso em Trump, mas já tivemos
isso com Berlusconi em Itália. Berlusconi é talvez a primeira figura desta
espécie de novo fascismo democrático, com exatamente as mesmas características.
É algo que acontece em escala mundial: o aparecimento de uma nova figura de
determinação politica que está dentro da constituição democrática, mas em certo
sentido está também fora. E a isso podemos chamar fascismo – porque era o que
se passava nos anos trinta, afinal de contas Hitler também ganhou eleições.
Assim, eu chamo fascista a esse tipo de pessoa que está dentro do jogo
democrático, mas de certa maneira também está fora: dentro e fora. E dentro
para, finalmente, poder estar fora. É, de faeto, uma novidade, mas uma novidade
que está inscrita dentro da figura geral do mundo de hoje, porque para a grande
maioria isso não é uma solução, mas uma nova maneira de estar no jogo
democrático onde, do lado da oligarquia clássica, não há qualquer diferença. Em
certo sentido, o principio do efeito Trump é o efeito de algo novo. De fato, em
detalhe, não há nada de novo, porque é impossível pensar que é novo ser-se
racista, machista, etc. Mas no contexto da oligarquia clássica atual, estas
coisas velhas parecem ser qualquer coisa de novo. E, por isso, Trump está na
posição de dizer que a novidade é “Trump” quando diz coisas que são
absolutamente primitivas e absolutamente velhas e ultrapassadas. E, por isso,
estamos também no tempo onde algo como um retorno à velha existência aparece
subitamente como novo. E essa conversão do novo no velho é também uma
característica desse tipo de novo fascismo.
3.
Tudo isto descreve
a nossa situação atual ao nível da política. Devemos considerar que estamos
numa dialética fatal que envolve quatro aspectos.
Primeiro: a
brutalidade e a violência do capitalismo, hoje. Podemos não ver completamente
essa violência no Ocidente, mas vemo-la, sem dúvida, na África ou no Médio
Oriente. E este é um aspecto fundamental do nosso mundo atual. O retorno àquilo
que é a essência do capitalismo: a conquista selvagem, a luta selvagem de todos
contra todos pela dominação.
Segundo: a
decomposição da oligarquia clássica política, dos partidos clássicos
(Democratas, Republicanos, Socialistas, etc.), e o surgimento de uma espécie de
novo fascismo. Não sabemos a forma futura dessa espécie de surgimento: qual é o
futuro de Trump? Em certo sentido, não sabemos e talvez nem o próprio Trump o
saiba. Temos o Trump antes do poder e o Trump depois do poder, que está de
certo modo com medo, não completamente satisfeito, porque ele sabe que não pode
falar tão livremente como antes. E falar livremente era exatamente a potência
de Trump, mas agora com o governo, a administração, o exército, os economistas,
banqueiros, é uma história completamente diferente. E, por isso, vimos Trump a
passar de uma representação para outra, de um teatro para outro teatro. Em
qualquer dos casos, temos um símbolo da decomposição da oligarquia política
clássica e o nascimento de uma nova figura de um novo fascismo, com um futuro
que não conhecemos, mas que não parece ser um futuro muito brilhante.
Terceiro: temos a
frustração popular, o sentimento de uma desordem obscura na opinião pública de
muita gente e, principalmente, dos mais pobres, as pessoas do interior, os camponeses
e os desempregados, enfim, toda a população que está sendo reduzida, pela
brutalidade do capitalismo contemporâneo, a pouco mais que nada e que não tem
existência possível, que permanece sem emprego, sem dinheiro, sem orientação. E
este é o terceiro aspecto da situação global atual. A falta de orientação, de
estabilidade, de sentimento de destruição do seu mundo, sem a construção de um
outro mundo; uma espécie de vazio destrutivo.
E, o último
aspecto, é a ausência de qualquer estratégia alternativa. Existem muitas
experiências políticas – não digo que não se passa nada a esse nível.
Conhecemos novos protestos, novas ocupações, novas mobilizações, novas
determinações ecológicas… Nesse sentido, não se trata da ausência de formas de
resistência ou de protesto, mas da ausência de um outro caminho estratégico,
isto é, de algo que esteja ao mesmo nível da convicção contemporânea do
capitalismo como única hipótese possível. É a falta de força na afirmação de
uma outra hipótese e a ausência daquilo que eu chamo uma Ideia, uma grande
Ideia. Uma grande Ideia que é a possibilidade de unificação, unificação global,
unificação estratégica de todas as formas de resistência e invenção. Uma Ideia
é uma espécie de mediação entre o sujeito individual e a tarefa coletiva
histórica e política, é a possibilidade de ação com subjetividades muito
diferentes, mas sob uma mesma Ideia.
Estes quatro
aspectos – a dominação geral do capitalismo globalizado, a decomposição da
oligarquia política clássica, a desorientação e frustração popular e a falta de
uma outra hipótese estratégica – compõe em minha opinião o quadro da crise de
hoje. Podemos definir o mundo contemporâneo no termo de uma crise global que
não é reduzível à crise econômica dos últimos anos, mas que vai muito para além
disso, é uma crise de subjetividade, porque o destino dos homens torna-se cada
vez menos claro para eles.
4.
Depois disso, o que
fazer? A pergunta de Lênin. Eu penso que uma das razões que levou ao sucesso
eleitoral de Trump é que a verdadeira contradição de hoje, a real contradição
de hoje, não pode ser entre duas formas do mesmo mundo. Eu sei que Hillary
Clinton e Donald Trump são muito diferentes, mas essa diferença (que é
importante e que é a diferença entre a oligarquia política e o novo fascismo –
e toda a oligarquia política é menos terrível que o novo fascismo) pertence ao
mesmo mundo. Isto é, não é a expressão de duas visões estratégias do mundo. O
sucesso de Trump é possível, apenas, porque a verdadeira contradição do mundo
não pode ser expressa nem simbolizada pela oposição entre Hillary e Trump,
porque ambos pertencem ao mesmo mundo – de forma diferente, mas de forma
diferente no mesmo mundo. E, por isso, durante todo o processo eleitoral a
verdadeira contradição foi entre Trump e Bernie Sanders. Porque temos na
proposta de Sanders aspectos que estão para além do mundo tal como ele está,
algo que não existe em Hillary Clinton. É uma lição de dialética, uma teoria
das contradições. A contradição entre Hillary Clinton e Trump era uma contradição
relativa e não absoluta; isto é, uma contradição nos mesmos parâmetros, na
mesma construção do mundo. Mas a contradição entre Sanders e Trump era de fato
o início da possibilidade de uma verdadeira contradição; isto é, uma
contradição com o mundo e com algo que estava para além do mundo.
O resultado das
eleições é, nesse sentido, de natureza conservadora porque é o resultado de uma
falsa contradição, a continuação da crise atual. Contra Trump, não podemos
desejar Clinton ou alguém do mesmo gênero. Devemos, sim, criar um retorno, se
possível, à verdadeira contradição. Esta é a lição deste terrível evento. Isto
é, devemos propor uma orientação política que vá para além do mundo tal como
está, mesmo se esta é ainda pouco clara. Quando começamos algo não vemos o seu
desenvolvimento, mas devemos começar. Essa é a questão. Depois de Trump,
devemos começar. Mas não apenas resistindo ou negando. Devemos começar algo, de
fato. E a questão do início é o início do retorno à verdadeira contradição, a
uma escolha real, a uma escolha estratégica real que diz respeito à orientação
dos seres humanos. Devemos reconstruir a ideia que é possível criar novamente
um campo politico com duas orientações estratégicas (contra as desigualdades
monstruosas do capitalismo atual e contra os novos gangsters da política como
Trump). O retorno a algo que foi ainda a possibilidade do maior movimento
político do século XX e do inicio do século passado. Filosoficamente falando,
devemos ir para além do Um em direção ao Dois. Não uma orientação, mas duas
orientações. A criação de um novo retorno a uma nova escolha fundamental como a
própria essência da política. Se temos apenas uma hipótese, a política
progressivamente desaparece e, em certo sentido, Trump é o símbolo dessa
espécie de desaparecimento. O que é a política de Trump? Ninguém sabe. É algo
como uma figura e não uma política. Portanto, o retorno à política é por
necessidade o retorno à existência de uma escolha real. Assim, finalmente, ao
nível das generalidades filosóficas, é o retorno dialético ao real. Dois mais
que Um. E podemos propor alguns nomes para esse retorno.
5.
Como devem saber a
minha visão passa por propor essa palavra tão corrompida que é “Comunismo” —
corrompida sabemos nós por todas essas experiências sangrentas. O nome é apenas
um nome, por isso estamos livres para propor outros nomes, não é um problema.
Mas temos algo interessante que está no sentido original dessa palavra. E esse
sentido é composto por quatro princípios, que podem ser o suporte para a
criação de um novo campo político com duas orientações estratégicas.
Primeiro: não é uma
necessidade que a chave da organização social tenha que estar na propriedade
privada e nas suas desigualdades monstruosas. Não é uma necessidade. Devemos
afirmar isso. E podemos organizar experiências limitadas que demonstrem que
isso não é uma necessidade, que não é verdade que a propriedade privada e as
desigualdades monstruosas tenham que ser para sempre a lei de devir da
humanidade.
Segundo: não é uma
necessidade que os trabalhadores sejam permanentemente separados entre trabalho
nobre (criação intelectual, direção, governo) e trabalho manual e existência
material comum. Assim, a especialização do trabalho não é uma lei eterna e,
sobretudo, a oposição entre trabalho intelectual e trabalho manual deve ser
suprimida a longo prazo.
Terceiro: não é uma
necessidade para o ser humano estar separado por fronteiras nacionais, raciais,
religiosas ou sexuais. A igualdade deve existir para além das diferenças e, por
isso, a diferença não é um obstáculo à igualdade. A igualdade deve ser uma
dialética da diferença em si mesma e devemos recusar que, em nome das
diferenças, a igualdade seja impossível. Assim, fronteiras, recusa do Outro em
qualquer forma, tudo isso deve desaparecer. Não é uma lei natural.
Por último, não é
uma necessidade que tenha que existir um Estado, na forma de um poder separado
e armado.
Resumindo:
coletivismo contra a propriedade privada, trabalhador polimorfo contra a
especialização, universalidade concreta contra identidades encerradas e livre
associação contra o Estado. É apenas um conjunto de princípios, não é um
programa. Mas a partir destes princípios podemos julgar todos os programas
políticos, decisões, partidos, ideias. Os princípios são o protocolo de
julgamento relativamente a todas as decisões, ideias, propostas políticas.
Temos assim um principio de julgamento tanto ao nível do campo politico como na
construção de um novo projeto estratégico. Isso significa ter uma verdadeira
visão do que pode ser essa nova direção, essa nova direção estratégica da
humanidade enquanto tal.
Podemos fazer
alguma coisa. E devemos fazer, porque se não fizermos nada permanecemos apenas
fascinados, estupidamente fascinados, pelo sucesso deprimente de Trump. “A
Nossa Revolução”, porque não? Contra a reação deles, a nossa revolução. É uma
boa ideia. De qualquer modo, eu estou deste lado.
Notas da edição
Este artigo é a transcrição adaptada
da conferência que Alain Badiou proferiu no dia seguinte às eleições
americanas, na Universidade da Califórnia em Los Angeles, e publicado no
site Mariborchan.
Tradução para português realizada por Jornal Punkto, a partir da versão
inglesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário