Falta um debate sobre as rendas geradas neste país, e pela sua apropriação pelas diferentes classes, ou categorias sociais e econômicas. A acumulação capitalista, de que trata Piketty, que naturalmente retira renda e riqueza comum em seu benefício, e que é responsável pelo crescimento de desigualdade em todo mundo, que o Brasil tem teimado, nos últimos anos, em diminuir.
É imperioso lembrar que este permanece um dos países mais desiguais do mundo, ainda muito mais desigual que o campeão em crescimento da desigualdade, os EUA, que está ilustrado em um post anterior deste blog, aqui. O namoro de Aécio Neves e Eduardo Campos com o setor financeiro e as aspirações dos rentistas sobre o tesouro nacional, é acompanhado pela presença não só de Armínio Fraga e Eduardo Gianetti da Fonseca. Marina é apoiada pelo grupo Itaú, e provavelmente também por Fabio Barbosa, que já foi do Real-Santander.
É difícil para a incumbente, Dilma, abrir uma frente aí. Todo político com chance de ser eleito tem medo do setor financeiro. Mas o debate sobre para onde vai o dinheiro, se para educação, saúde, segurança e infraestrutura ou para a acumulação nos bancos, grandes empreiteiras, grupos midiáticos, tem que ser travado pela esquerda, em todas as instâncias, sob pena de ela se igualar às forças conservadoras, e acabar dando prevalência aos objetivos dessas mesmas forças. Mais sobre o assunto do nome dos bois e sobre a distribuição dos rendimentos, pelo Paulo Moreira Leite, aqui.
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