O ambiente de ataques à democracia continua, mas não é inexorável nem irresistível.
Essa democracia, limitada, viciada, ainda é melhor do que a ditadura que vivemos por vinte anos a partir de 1964, que se implantou pela ação dos donos de sempre do Brasil. É verdade que tem piorado.
Piorou pelo domínio que o PIG exerce na quase totalidade da imprensa falada, escrita e televisada. Esse domínio, que abafa ou suprime qualquer voz que faça frente às verdades construídas e à ideologia do capitalismo neoliberal.
Piorou também pelo aparelhamento que instâncias fundamentais do Estado têm sofrido: juízes, procuradores, polícias civis e militares, estaduais e federais, vêm atuando de forma cada vez mais desavergonhadamente parcial, tanto no tradicional massacre de pobres, pretos, prostitutas, etc., como na perseguição aos governos e políticos ligados ao PT.
Juntando a mídia golpista e a atuação política desses servidores que deveriam ser públicos mas não o são, está formado o caldo para o crescimento da direita raivosa, cujas manifestações e ações têm-se mostrado muito semelhantes aos de grupos fascistas e neonazistas em todo o mundo. Essa direita raivosa forma ambientes irrespiráveis para as pessoas de esquerda e liberais sinceros. É impossível dialogar de maneira racional com eles, eles(as) não aceitam fatos que desmintam suas "convicções", inspiradas ou transcritas dos repórteres, colunistas, comentaristas e "especialistas" que dominam os veículos de comunicação do PIG.
Daí, é difícil discutir o poder dos bancos, as prioridades para a população e estratégias para o Brasil nesse ambiente. Ponto para as elites dominantes e para o poder por cima dessas elites, as grandes corporações e o governo dos Estados Unidos.
O que é bom é que pelo menos fora do Brasil atual existe discussão acerca desse poder. Recomendo a leitura do artigo de Paul Krugman que saiu hoje no New York Times, e o de um outro autor que eu gosto muito, o Robert Kuttner, no Huffington Post, o primeiro mostrando que lá como cá os banqueiros agem igual, e o segundo que o avanço do neoliberalismo global está longe de ser inexorável.
Isso depois de ler o artigo de Luiz Gonzaga Belluzzo sobre o nosso país, na Carta Capital, que traz uma síntesebastante útil para se entender o momento atual .
Nenhum comentário:
Postar um comentário