No último 16 de agosto fomos a um sarau na casa da cidade, na Rua
Rodésia, lá na Vila Madalena.
Começava às doze horas, mas antes fomos almoçar em um
restaurante italiano lá perto, onde chegamos antes de todo o mundo, onde não
fomos importunados por canalhas fascistas, certamente por não sermos figuras
notórias e não estarmos usando roupa vermelha, embora sejamos abertamente de
esquerda.
Chegamos à casa, que é do Nabil Bonduki, mais ou menos à uma
hora da tarde. O sarau, montado pelo Luís Nassif , era o Sarau do Jornal GGN pela
democracia. Já tinha um conjunto de
chorinho tocando, incluindo o Nassif, que toca muito bem o bandolim. Ficamos até
depois das quatro da tarde.
O conjunto de chorinhos que estava tocando é realmente da
pesada. Cantaram compositores-instrumentistas-cantores como Renato Braz, Breno
Ruiz, cantoras como Socorro Lima, paulistanos de todos os lugares do Brasil, foram
uns poetas declamar ou ler manifestos. Um grande show, de graça. Algumas fotos do evento, aqui.
Encontramos conhecidos, pessoas queridas que não víamos há
tempos. Avistei Alípio Freire, grande jornalista e militante de esquerda. Uma
hora, o Fernando Haddad chegou, falou um pouquinho para a plateia. Havia
comidinhas e bebidinhas fornecidas por uma familia de libaneses, imigrantes recentes
expulsos pelas guerras do Oriente Médio, e que pretendem abrir um restaurante
em São Paulo.
Muitos dos que falaram lembraram que o Brasil é um país com
povo de várias cores e de várias origens, que há imigrantes recentes que vêm do
Oriente Médio, Haiti, Nigéria. E são bem recebidos. Que este é um país em que
se tratam bem os diferentes. Claro, nem todos são assim. Veja no mesmo dia 16, na
Paulista, em Copacabana... No link da Paulista também há referência ao ato em torno do Instituto Lula.
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