Sempre fui uma pessoa ligada a políticas de energia. Fui
do IPEN, trabalhei em estudos sobre energia pela FDTE/USP, e mais treze anos na
CESP e na Secretaria de Energia de São Paulo. Trabalhava na FDTE quando me deparei
com a notícia sobre o empreendimento da Coalbra – Coque e Álcool de Madeira S.
A. ainda durante a ditadura, sob seu
último titular o general Figueiredo, e com apoio de Golbery do Couto e Silva. Na
época, soube do apoio dos professores Gil Serra José Goldemberg ao
empreendimento.
A Coalbra foi fechada depois que se constatou que Sérgio Motta desviava a maior parte do dinheiro público recebido para aplicações no mercado
financeiro. No entanto, o que me chamou a atenção não foram os desvios, que,
quem sabe, podem ter servido para ajudar no caixa inicial de formação do PSDB.
Foi que a ideia de extrair álcool de madeira não fazia sentido, do ponto de
vista de eficiência econômica, e também de eficiência física. Sergio Motta era
engenheiro – consultor, como se intitulava, e Goldemberg, considerado, pela
opinião publicada, a maior referência como especialista em energia. O que
reforçou para mim a necessidade de grande prudência em relação à qualidade dessas
escolhas. Da opinião publicada e do Professor Goldemberg.
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