Prezado Professor,
Em seu
artigo no New York Times datado de 26 de abril de 2013, vi com uma ênfase
um tanto maior do que de costume a referência aos 1 por cento mais ricos como
os interessados na política de austeridade. Achei que constituiu um progresso
em relação a vários artigos anteriores sobre o assunto.
Entretanto, embora tenha o propósito declarado de explicar a
persistência no “erro” pelos governos em geral (com exceção, parcial, do dos EUA, e de alguns países
como o Brasil), faltou uma explicação mais clara, uma crítica ao grupo que
ocupa postos chaves em governos e em agências de regulação, que controla a
mídia corporativa de modo moderar seu trabalho investigativo, que domina o
Fundo Monetário Internacional e outros corpos internacionais como os da União
Europeia. Uma nomeação de seus interesses de classe, que são opostos aos da
maioria da população, incluindo trabalhadores e pequenos e médios empresários.
Falando de maneira simplificada, trata-se de tomar dinheiro do
Estado para os bolsos e negócios dos 1 por cento. Para não contrastar
assalariados bem pagos e empresas capitalistas (afinal, bancos ainda são empresas
capitalistas privadas), em destaque as indústria de armamentos e gastos
militares nos EUA, com aumentos de
impostos ou endividamento que teriam efeito bumerangue sobre si mesmos, essa
minoria tem que se concentrar nos benefícios que ainda eram canalizados por
quem não tem dinheiro para financiar os políticos que operam o estado, aí,
aqui, em todo o mundo.
Sem identificar claramente e com o destaque devido os interessados, nos setores financeiros e nos órgãos de Estado e o que eles têm
ganho com a especulação que antecedeu a crise, com a crise e com o que os
governos têm feito com a crise, a compreensão do que está acontecendo vai
continuar muito limitada. Peço desculpas por usar o português para este post, mas é a língua deste blog e a minha língua.
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